A Ucrânia elogiou nesta quinta-feira o reforço das sanções ocidentais contra a Rússia pelo apoio de Moscou aos rebeldes separatistas.
"As sanções são um passo importante no apoio à soberania, integridade territorial e independência da Ucrânia", afirmou nesta quinta-feira o presidente ucraniano, Petro Poroshenko.
Estados Unidos e União Europeia reforçaram na quarta-feira as sanções contra Moscou por seu papel na crise ucraniana. Washington teve como alvos os interesses da gigante russa dos combustíveis Rosneft - que terá os ativos congelados no território russo e o banco da empresa Gazprom, o Gazprombank.
O presidente russo Vladimir Putin afirmou que a decisão provocará "graves danos para as relações Rússia-EUA".
Washington e Moscou passam por um dos momentos mais tensos desde o fim da Guerra Fria, segundo vários analistas.
A União Europeia - que tem interesses econômicos diretos na Rússia - optou por ampliar as sanções com medidas punitivas contra instituições deste país responsáveis por ataques contra a integridade territorial da Ucrânia.
"A Europa manifestou solidariedade com a Ucrânia", escreveu Poroshenko em sua página do Facebook.
"Nosso diálogo contínuo deu resultados. Esperamos a resolução do Parlamento Europeu", completou.
Curiosamente, o presidente ucraniano não comentou as sanções americanas contra a Rússia, anunciadas na quarta-feira à noite e que são mais intensas que as europeias.
Os países ocidentais tentam pressionar Moscou para que os rebeldes pró-Rússia do leste da Ucrânia acabem com três meses de combates, que provocaram quase 600 mortes.O Parlamento Europeu se pronunciará nesta quinta-feira sobre uma resolução de apoio à Ucrânia.
O ministério das Relações Exteriores russo respondeu o anúncio das sanções americanas".
"Não toleraremos a chantagem e nos reservamos o direito de adotar medidas em resposta às novas sanções", afirma um comunicado da chancelaria.
A nota afirma que o país considera as sanções uma "tentativa primitiva de vingança porque os acontecimentos na Ucrânia não transcorrem de acordo com o roteiro elaborado por Washington".
"A Casa Branca estimula de fato um banho de sangue e, ao mesmo tempo, tenta cinicamente afastar-se de sua responsabilidade e modificar de modo grosseiro os fatos. Voltou a agitar sua arma predileta: as sanções", completa a nota.