Ucrânia expulsa diplomata militar russo por espionagem

O serviço de segurança da Ucrânia disse se tratar de um oficial de inteligência russo que vinha coletando informações sobre "a cooperação militar e política entre Ucrânia e Otan"

1 mai 2014 - 11h18
(atualizado às 11h18)
<p>Tropas do governo ucraniano guardam um posto de controle perto da aldeia de Dolina, a 30 quilômetros da cidade de Slovyansk, leste da Ucrânia, nesta quinta-feira, 1 de maio</p>
Tropas do governo ucraniano guardam um posto de controle perto da aldeia de Dolina, a 30 quilômetros da cidade de Slovyansk, leste da Ucrânia, nesta quinta-feira, 1 de maio
Foto: AP

A Ucrânia ordenou a expulsão do adido militar da Rússia, dizendo tê-lo "flagrado" recebendo informações confidenciais sobre a cooperação do país com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) durante a revolta armada que Kiev diz ser dirigida por Moscou.

Nesta quinta-feira, o Ministério das Relações Exteriores declarou que o diplomata foi detido no dia anterior e declarado persona non grata.

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O serviço de segurança da Ucrânia disse se tratar de um oficial de inteligência russo que vinha coletando informações sobre "a cooperação militar e política entre Ucrânia e Otan".

"Em 30 de abril, ele foi flagrado recebendo material confidencial de sua fonte", disse uma porta-voz do serviço de segurança da Ucrânia, Maryna Ostapenko. Ela descreveu a fonte como um coronel das forças armadas ucranianas.

A Ucrânia diz que a Rússia está por trás da queda de cidades grandes e pequenas do leste, pólo industrial do país, nas mãos de separatistas pró-Rússia durante o último mês, muitas vezes envolvendo atiradores mascarados bem organizados e usando uniforme militar.

A Rússia nega qualquer participação na rebelião, mas alertou que se reserva o direito de intervir para proteger russos étnicos após a anexação da Crimeia no final de março, e concentrou dezenas de milhares de tropas em sua fronteira oeste com a Ucrânia.

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Ostapenko disse que o adido foi entregue à embaixada russa com ordens de partir, embora não saiba ao certo se ele já o fez. Não houve resposta imediata de Moscou, que, como Kiev, comemora o feriado de 1º de maio.

Entenda a crise na Ucrânia

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