Ucrânia: homens armados tomam prédios do governo na Crimeia

27 fev 2014 - 03h26
(atualizado às 04h26)

Homens armados invadiram e tomaram nesta quinta-feira dois prédios do governo regional na península da Crimeia, na Ucrânia, de acordo com a agência de notícias russa Interfax. O grupo ainda não foi identificado, mas um correspondente da Reuters no local afirmou que uma bandeira russa foi hasteada nos dois edifícios tomados na capital regional Simferopol.

Refat Chubarov, líder da comunicada tártara da Crimeia e deputado da Rada Suprema (Parlamento), disse em sua página no Facebook que os edifícios foram invadidos. “Fui informado que os prédios do Parlamento e do Conselho de Ministros foram ocupados por homens armados em uniformes que não continham qualquer insígnia reconhecível”, disse Chubarov, acrescentando que o grupo ainda não fez nenhuma exigência.

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O legislador fez um pedido aos moradores de Simferopol, a capital da república autônoma, para que não se aproximem dos edifícios, que foram cercados por forças policiais.

Os invasores entraram sem encontrar resistência da segurança. As portas dos edifícios parecem ter sido bloqueadas por peças de madeira.

Nessa quarta-feira, separatistas pró-Rússia e partidários dos novos líderes da Ucrânia ficaram frente a frente diante do Parlamento regional da Crimeia, antes de um debate sobre a turbulência política que derrubou o presidente Viktor Yanukovich.

Cerca de 2 mil pessoas, muitas delas tártaras -grupo étnico nativo da região, uma península no mar Negro -, foram até o Parlamento para manifestar apoio ao movimento Euromaidan, que derrubou Yanukovich em Kiev após três meses de protestos.

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Mas lá eles encontraram centenas de manifestantes pró-Rússia, que bradavam seu apoio a Moscou e denunciavam os "bandidos" que tomaram o poder na capital ucraniana. Os dois lados ficaram separados por cordões policiais.

Presente

A Crimeia foi presenteada à Ucrânia em 1954 pelo então líder soviético Nikita Khrushchev. A região continua sendo a única da Ucrânia onde a etnia russa é majoritária, e parte da frota russa do mar Negro fica estacionada no porto de Sevastopol.

Agora, a Crimeia, que conta com 2 milhões de habitantes, dos quais quase 60% são russos, 25% ucranianos e 12% tártaros, é o último reduto importante de oposição à nova ordem política pós-Yanukovich, e os novos líderes do país manifestam preocupação com os sinais de separatismo na península.

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Com informações das agências AFP, EFE, Reuters e RT

Fonte: Terra
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