Ucrânia: nove soldados morrem em confronto no leste do país

A violência se intensificou no último mês na Ucrânia, à medida que os rebeldes empreendem uma nova ofensiva

9 fev 2015 - 07h32
(atualizado às 08h05)
O presidente Vladimir Putin falou ao jornal egípcio nesta segunda-feira sobre a crise na Ucrânia
O presidente Vladimir Putin falou ao jornal egípcio nesta segunda-feira sobre a crise na Ucrânia
Foto: RIA-Novosti, Alexei Nikolsky / AP

Nove soldados ucranianos foram mortos e 26 ficaram feridos em confrontos com separatistas no leste da Ucrânia nas últimas 24 horas, disse um porta-voz militar ucraniano nesta segunda-feira.

O porta-voz, Vyacheslav Seleznyov, disse que as forças do governo foram atacadas pelos rebeldes em cerca de 100 ocasiões separadas.

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A violência se intensificou no último mês na Ucrânia, à medida que os rebeldes empreendem uma nova ofensiva.

Os militares da Ucrânia dizem que os confrontos têm sido especialmente intensos em torno da cidade de Debaltseve, uma importante junção rodoviária e ferroviária a nordeste da cidade de Donetsk.

O chefe regional de polícia, Vyacheslav Abroskin, disse que sete civis foram mortos por bombardeios em Debaltseve e em outra cidade na linha de frente, Avdiivka, no domingo.

Putin afirma que ucranianos devem chegar a acordo

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A crise persistirá na Ucrânia enquanto os diversos grupos não chegarem a um acordo no país, defendeu o presidente russo, Vladimir Putin, em uma entrevista publicada nesta segunda-feira pelo jornal egípcio Al-Ahram, dois dias antes de uma reunião de cúpula europeia.

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"É evidente que a crise seguirá até que os próprios ucranianos alcancem um acordo entre eles", declarou.

Putin também culpou os Estados Unidos e os seus aliados de terem provocado a crise na Ucrânia com as tentativas de "impor a sua vontade em todos os lugares".

A crise ucraniana "é resultado das tentativas dos Estados Unidos e seus aliados ocidentais, que acreditam ser vencedores da Guerra Fria, de impor a sua vontade em todos os lugares", disse Putin, em entrevista na véspera da visita oficial ao Egito, que começa hoje.

"Em repetidas ocasiões, alertamos os Estados Unidos e os seus sócios ocidentais sobre as consequências nefastas da intromissão nos assuntos internos da Ucrânia", disse o chefe do Kremlin.

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Putin insistiu que a condição fundamental para estabilizar a situação no Leste da Ucrânia é a suspensão imediata das hostilidades, em particular da "chamada operação antiterrorista [do Exército ucraniano], que não é mais que uma operação punitiva".

Putin, o presidente francês François Hollande, a chanceler alemã Angela Merkel e o presidente ucraniano Petro Poroshenko têm uma reunião prevista em Minsk (Belarus) na quarta-feira, mas o presidente russo advertiu que antes deverão chegar a um acordo sobre "certo número de pontos" a respeito de um plano de paz para a Ucrânia.

Moscou nega qualquer envolvimento no conflito ucraniano, mas Kiev e os países ocidentais denunciam o apoio militar russo aos rebeldes e o envio de tropas ao território ucraniano.

Com informações da Reuters, AFP e Agência Brasil. 

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Fonte: Terra
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