A Procuradoria Geral da Ucrânia anunciou nesta sexta-feira que pedirá a extradição do deposto presidente Viktor Yanukovich se for confirmado oficialmente que se encontra em território da Federação Russa.
O comunicado oficial lembra que o líder foragido é acusado como suspeito de assassinatos maciços e premeditados, e de abuso de poder, e que a Justiça ucraniana ordenou sua detenção e a de vários de seus colaboradores mais próximos.
Yanukovich, que fez na quinta-feira a primeira declaração desde que foi cassado no dia 22 de fevereiro, tem intenção de dar esta tarde uma entrevista coletiva na cidade russa de Rostov do Don.
A Rada Suprema (Parlamento) pediu esta semana ao Tribunal Penal Internacional (TPI), com sede em Haia, que processe a Yanukovich, contra o qual se ditou uma ordem de busca e captura internacional, e outros antigos altos cargos por crimes contra a Humanidade.
As novas autoridades acusam do "assassinato em massa" de cidadãos ucranianos "durante as ações de protestos maciços no período compreendido entre o dia 21 de novembro e 22 de fevereiro de 2014".
"Essas ações, levaram à morte de mais de 100 cidadãos da Ucrânia e de outros países, e mais de 2.000 feridos, dos quais mais de 500 continuam atualmente em estado grave", acrescenta.