Ucrânia: praça palco de de protestos deve dar lugar a pista de patinação

10 dez 2013 - 16h51
(atualizado às 16h51)
Flores depositadas em frente a cordão de policiais alocados na Praça da Independência
Flores depositadas em frente a cordão de policiais alocados na Praça da Independência
Foto: AP

A prefeitura de Kiev ordenou a instalação no domingo de uma pista de patinação sobre o gelo na Praça da Independência, onde milhares de pessoas protestam há três semanas, informou nesta terça-feira um jornal local. O decreto foi aprovado pela administração municipal de Kiev no último dia 22 de outubro, um mês antes que se iniciassem os primeiros protestos no centro da cidade.

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Ao mesmo tempo, o prefeito interino de Kiev, Aleksandr Popov, reiterou hoje que as autoridades municipais "nem têm nem podem ter nenhum plano de intervenção pela força para resolver o conflito" e desocupar tanto a Praça da Independência como o edifício da própria prefeitura, tomados por milhares de pessoas desde 1º de dezembro.

"Embora haja quem queira provocá-lo (o despejo), haverá um diálogo civilizado e democrático sobre como garantir uma atividade normal na cidade e os direitos das pessoas de acordo com a lei", ressaltou Popov a uma televisão local. Ele acrescentou, no entanto, que a tomada do edifício principal da prefeitura de Kiev foi ilegal e pediu aos manifestantes que abandonem as dependências de maneira pacífica.

Durante a grande manifestação do fim de semana, na qual centenas de milhares de pessoas saíram às ruas de Kiev, a oposição exigiu como condição para o diálogo a renúncia do governo, a libertação dos manifestantes detidos e a punição dos que ordenaram a repressão violenta das manifestações pacíficas.

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Após o cumprimento dessas condições, a oposição estaria disposta a sentar-se à mesa de negociações com as autoridades para formar um governo técnico que se encarregaria de negociar a associação com a União Europeia. Além disso, esse governo provisório deveria convocar eleições presidenciais e parlamentares antecipadas, uma vez reformada a Constituição.

Os opositores não perdoam o presidente ucraniano, Viktor Yanukovich, que não assinou no final de novembro o Acordo de Associação com a União Europeia.

  
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