A Ucrânia precisa de 20 bilhões de euros de ajuda para assinar um acordo de associação com a UE, declarou nesta quarta-feira o primeiro-ministro ucraniano, Mykola Azarov.
"Propomos solucionar o tema de uma ajuda financeira à Ucrânia. Estabelecemos o valor aproximado: 20 bilhões de euros", declarou Azarov no conselho de ministros. "Não falamos de uma ajuda não reembolsável do orçamento europeu, somos realistas, propomos que a União Europeia participe dos investimentos em projetos comuns mutuamente vantajosos, como a ampliação e a modernização dos corredores de transporte", acrescentou, em clara alusão aos gasodutos que atravessam o país.
A Ucrânia, que atravessa dificuldades econômicas e financeiras, renunciou no mês passado a assinar um acordo de associação com a UE que previa a colocação em andamento de um acordo de livre comércio alegando que uma crise com Moscou provocaria perdas econômicas ao país.
Esta mudança de opinião foi a causa da maior onda de protestos registrados nesta ex-república soviética desde a Revolução Laranja de 2004. "O governo também é a favor de uma assinatura rápida deste acordo, mas queremos instaurar condições e minimizar as perdas para a nossa economia", disse Azarov.
O primeiro-ministro afirmou que a adesão à União Alfandegária dirigida pela Rússia não está na ordem do dia de uma reunião entre o presidente ucraniano, Viktor Yanukovich, e seu colega russo, Vladimir Putin, prevista para o dia 17 de dezembro em Moscou. "Quero desde já me antecipar às especulações. Não haverá nenhuma discussão sobre a União Alfandegária, o governo não prepara nenhum documento", afirmou.
A Rússia ofereceu a Kiev bilhões de dólares em ajuda se decidir aderir à União Aduaneira. A oposição acusou Yanukovich de vender a Ucrânia a Moscou e exige sua renúncia.
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Manifestantes comemoram enquanto a polícia anti-distúrbios deixa a Praça da Independência, no centro de Kiev
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Polícia anti-distúrbios deixa a Praça da Independência no centro de Kiev
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A polícia anti-distúrbios bloqueia a entrada da prefeitura de Kiev
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Imagem mostra a movimentação de policiais e manifestantes na Praça da Independência, em Kiev, ao alvorecer desta quarta-feira
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O campeão mundial de boxe Wladimir Klitschko (centro) tenta impedir que manifestantes e policiais entre em confronto durante a madrugada
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A polícia de choque avançou na madrugada desta quarta-feira sobre os manifestantes favoráveis à União Europeia que ocupavam a Praça Independência de Kiev, "liberando" progressivamente o local
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A partir dos extremos da praça, os policiais de choque foram acuando os manifestantes por volta das 2h, removendo as barricadas e as barracas instaladas no local
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Manifestante é cercado por policiais e forçado a deixar acampamento
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"A polícia agiu em cooperação com os serviços comunitários para se livrar das barricadas que bloqueiam a passagem", declarou um porta-voz da polícia local
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Manifestante reage e entra em confronto com policial
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Apoiando-se em uma decisão judicial e pedindo aos manifestantes que mantenham a calma, os policiais atravessaram as barricadas montadas em vários pontos da praça, palco de uma nova contestação popular
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O protesto nasceu da recusa do presidente Viktor Yanukovitch de assinar, no final de novembro, um acordo de associação com a União Europeia (UE)
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