O presidente eleito da Ucrânia, Petro Poroshenko, quer iniciar, tão logo assuma o cargo, negociações com os Estados Unidos e a Europa para formalizar uma aliança de defesa para proteger seu país, segundo indicou em entrevista a um jornal alemão.
"Não há uma maioria na Ucrânia a favor de uma adesão à Otan", admitiu o dirigente eleito no domingo passado, falando ao site do jornal Bild.
Mas a autoridades de Kiev, que enfrentam uma rebelião separatista pró-russa no leste do país, têm "necessidade de uma nova aliança de defesa com os Estados Unidos e a Europa, para proteger militarmente a Ucrânia", acrescentou.
"Como presidente, me comprometerei com a busca desta aliança e iniciarei discussões imediatamente", anunciou.
O novo presidente recordou que, depois do desmembramento da União Soviética (à qual seu país pertencia), a Ucrânia "renunciou às armas nucleares em troca de garantia de segurança por parte da Rússia".
"Mas agora vemos que essas garantias não valem nada, por isso precisamos de uma nova aliança".
Poroshenko disse ainda que, apesar de tudo, está otimista sobre a possibilidade de restaurar a tranquilidade em seu país, à beira da recessão.
"Acho que poderemos voltar à paz em alguns meses, se a Rússia estiver disposta a isso", concluiu.