A Rússia vai discutir com o Ocidente uma solução para a crise na Ucrânia, mas insiste no cumprimento do acordo assinado no dia 21 de fevereiro entre o presidente ucraniano deposto Viktor Yanukovich e a então oposição com a mediação da União Europeia, informou nesta terça-feira uma fonte do Ministério das Relações Exteriores russo.
"A Rússia debaterá com seus parceiros internacionais a situação na Ucrânia e os caminhos para solucionar a crise", disse a fonte diplomática, citada pela agência Interfax.
No entanto, para Moscou "há dois aspectos chave: o cumprimento do acordo de 21 de fevereiro que compreende a implantação de uma reforma constitucional e a criação do governo de coalizão, assim como uma ampla representação das distintas forças políticas da Ucrânia nesse processo", detalhou.
Moscou acusou as novas autoridades ucranianas, em várias ocasiões, de descumprir o acordo assinado com o agora deposto presidente Yanukovich para resolver a crise no país.
A Chancelaria russa denunciou que a oposição não cumpriu nenhum dos pontos previstos no acordo, entre eles a formação de um governo de união nacional. O acordo foi assinado na presença dos ministros das Relações Exteriores da Alemanha, França e Polônia, que participaram como testemunhas.