A Ucrânia suspendeu nesta quinta-feira, por 24 horas, todas as suas operações militares no leste do país, acatando assim a um pedido do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que exigiu a interrupção dos combates para permitir que os especialistas internacionais possam ter acesso ao local onde caiu o avião da Malaysia Airlines.
"No dia 31 de julho, as tropas que participam da fase ativa da operação antiterrorista não tomaram parte em ações de combate, com exceção da defesa de suas posições das agressões" do inimigo, informou o centro de imprensa das forças ucranianas.
Kiev declarou esta quinta-feira como "o Dia da OSCE, por exigência do secretário-geral da ONU", a fim de "garantir o trabalho efetivo dos especialistas internacionais no local do acidente do Boeing 777" da Malaysia Airlines, que foi supostamente abatido há duas semanas em uma área controlada pelos separatistas pró-Rússia.
No entanto, as autoridades ucranianas já acusaram os rebeldes de descumprirem com o cessar-fogo durante as primeiras horas de hoje.
"Os terroristas a mando da Rússia não respeitam nenhum dos acordos e exigências internacionais. Às 9h (horário de Kiev) de hoje, os ocupantes de uma plataforma de lançamento de mísseis 'Grad' atacaram a cidade de Pobednoye", próxima de Lugansk, garantiu o centro de imprensa das forças ucranianas.
Os separatistas asseguraram que "não ouviram nada" sobre o cessar-fogo anunciado pelas forças ucranianas. "Não ouvimos nada disso. Parece que Kiev também não", disse à agência russa RIA Novosti um representante das milícias pró-russas, que acrescentou que os combates entre os dois grupos continuam, inclusive nos acessos à cidade de Shakhtarsk, uma das mais próximas do local da tragédia.
Por sua vez, o chefe de imprensa da autoproclamada República Popular de Lugansk, Vladimir Inogorodtsev, denunciou que "sabotadores" que combatem do lado ucraniano "disparam com morteiro contra áreas residenciais" de Lugansk.
O secretário-geral da ONU fez ontem fortes críticas aos impedimentos que os especialistas internacionais, que se deslocaram até a Ucrânia para investigar a queda do voo MH17 da Malaysia Airlines, estão sofrendo.
Os combates entre as forças ucranianas e os pró-russos impediram ontem, mais uma vez, o acesso dos investigadores internacionais ao local do acidente.
Entenda a crise na Ucrânia
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Irmãos australianos Mo, 12 anos, Evie, 10, e Otis Maslin, 8, voltavam com o avô, Nick Norris, para a Austrália após um feriado ao lado dos pais, que ficaram em Amsterdã
Foto: Reprodução/BuzzFeed
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Nick Norris, 68, acompanhava os netos Mo, Evie e Otis em viagem de volta à Austrália
Foto: Reprodução/BuzzFeed
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O holandês John, sua mulher Yuli e os filhos Arjuna e Sri Paulissen estavam no voo da Malaysia
Foto: AP
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O holandês Joep Lange já foi presidente da Sociedade Internacional da AIDs e estava indo para uma conferência sobre a doença na Austrália
Foto: Jean Ayssi/AFP
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O porta-voz da Organização Mundial da Saúde, Glenn Thomas, estava a caminho da conferência sobre a AIDs em Melbourne, na Austrália
Foto: AFP/Organização Mundial da Saúde
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Foto da graduação do indonésio Hendry Se, que estava no avião da Malásia que caiu na Ucrânia
Foto: Família de Hendry Se/AFP
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Os namorados holandeses Karlijn Keijzer e Laurens van der Graaff também estão entre as vítimas
Foto: AP
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Foto da indonésia Ninik Yuriani, uma das vítimas que estavam no voo da Malaysia, na Holanda
Foto: Família de Ninik Yuriani/AFP
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Um cartaz de desaparecido com uma foto do indonésio Wayan Sujana, que estava no avião da Malaysia
Foto: Christopher Furlong/Getty Images
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O senador holandês Willem Witteveen estava no voo da Malaysia Airlines atingido por um míssil quando sobrevoava a Ucrânia
Foto: Paul Dijkstra/AFP
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A holandesa Jacqueline van Tongeren era uma das pesquisadoras da AIDs a caminha de uma conferência sobre a doença em Melbourne, na Austrália
Foto: Maaike Danz/AP
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O holandês Cor Pan era um dos passageiros do voo MH17, da Malaysia Airlines, que caiu na Ucrânia
Foto: Reprodução/Facebook
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A australiana Philomene Tiernan também estava no avião da Malaysia
Foto: Reprodução/Facebook
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Quinn Lucas Schansman possuía dupla nacionalidade, holandesa-americana, e estava entre as vítimas da tragédia com o avião da Malaysia
Foto: Reprodução/Facebook
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A malasiana Angeline Premila era uma das comissárias a bordo do MH17
Foto: Reprodução/Facebook
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O holandês Pim de Kuijer participava do grupo Stop the AIDs Now! e também iria para a conferência sobre a doença na Austrália
Foto: Reprodução/Facebook
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Martine de Schutter também participava do grupo ativista Stop the AIDs Now! e estava no voo MH17
Foto: Reprodução/Facebook
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A australiana Helena Sidelik voltava para o seu país após ir a um casamento em Amsterdã
Foto: Reprodução/Gold Coast Bulletin
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A malasiana Nur Shazana Mohamed Salleh era uma das comissárias de bordo do avião da Malaysia Airlines
Foto: Reprodução/Facebook
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O holandês Emiel Mahler ia para Kuala Lumpur, na Malásia, com a namorada
Foto: Reprodução/Facebook
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Gary Slok, 15 anos, era goleiro num time local de Maassluis, na Holanda; ele e sua mãe Petra van Langeveld iam para Kuala Lumpur em uma viagem para pais solteiros e seus filhos; o jovem jogador tirou um selfie com a mãe momentos antes do MH17 decolar
Foto: Reprodução/TheMirror
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A holandesa Tessa van der Sande trabalhava na Anistia Internacional da Holanda e estava no avião da Malaysia com outros membros de sua família; seu trabalho era focado na África
Foto: Reprodução/Facebook
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Entre as vítimas do MH17 estão os australianos Liam Davison, 56 anos, um escritor premiado, e sua mulher, Frankie, 54, que era professora de literatura
Foto: Reprodução/The Age
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Shuba Jaya, uma atriz de Kuala Lampur, e seu marido holandês Paul Goes; o casal estava no voo de volta para casa após terem levada o filha Kaela para os avôs paternos conhecerem
Foto: Reprodução/The Star Online
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Uma família de seis pessoas morreu na tragédia; Tambi Jiee e sua mulher, Ariza Ghazalee, viajavam com os filhos Muhammad Afif, Afruz Tambi, Marsha Azmeena e Muhammad Afzal da Europa para casa, em Kuala Lumpur; na foto, uma passagem da família pela Alemanha
Foto: Reprodução/Facebook
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O piloto de helicóptero Cameron Dalziel, que possuía dupla cidadania (britânica/sul-africana), trabalhava na Malásia e voltava para o país após uma conferência em Amsterdã; um colega disse que ele era um ótimo piloto de resgate
Foto: Reprodução/Twitter
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O advogado britânico John Allen era casado com a holandesa Sandra Martens, com quem tinha os filhos Christopher, Julian e Ian, todos holandesas; a família toda estava no MH17 indo passar férias na Indonésia
Foto: Reprodução/The Mirror/Universal News and Sport
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Único canadense no voo, Andrei Anghel, 24, era estudante de medicina e estava a caminho de Bali, na Indonésia, com a namorada alemã, Olga Ioppa
Foto: Reprodução/LinkedIn
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Bintiparawira Sitiamirah, também conhecida como Sri Siti Amirah, era mulher de Mohammad Omar, avô do primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak; ela estava em Amsterdã visitando familiares e iria para a Indonésia passar uma data comemorativa muçulmana
Foto: Reprodução/Twitter