Ucrânia toma cidade de Lisichansk e combates têm 30 mortos

Comando rebelde denunciou que forças ucranianas castigaram Lisichansk com fogo de artilharia

25 jul 2014 - 08h38
(atualizado às 08h38)
Um separatista armado pró-russo protege o local da queda de um avião da Malaysia Airlines, na região de Donetsk, no leste da Ucrânia, nesta quinta-feira. 24/07/2014
Um separatista armado pró-russo protege o local da queda de um avião da Malaysia Airlines, na região de Donetsk, no leste da Ucrânia, nesta quinta-feira. 24/07/2014
Foto: Maxim Zmeyev / Reuters

Efetivos da Guarda Nacional da Ucrânia tomaram a cidade de Lisichansk, no leste do país, informou nesta sexta-feira o comando das milícias separatistas pró-russas que atuam na autoproclamada República Popular de Lugansk.

"Lisichansk foi capturada pela Guarda Nacional. Os milicianos conseguiram sair do cerco", disse à agência russa "Interfax" um representante do Estado-Maior dos separatistas.

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A cidade, de aproximadamente 100 mil habitantes antes da explosão do conflito, se encontra a 90 quilômetros ao noroeste de Lugansk, a capital da região homônima e um dos principais redutos dos separatistas pró-Rússia.

O porta-voz do comando rebelde denunciou que as forças governamentais ucranianas castigaram duramente Lisichansk com fogo de artilharia, antes de entrar na cidade.

"A cidade está à beira de uma catástrofe humanitária. Não há água, luz ou gás. Seus moradores estão tentando deixá-la o mais rápido possível", acrescentou.

Há vários dias as tropas governamentais ucranianas intensificaram sua ofensiva contra posições dos separatistas, que recuaram de várias localidades.

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Combates deixam 17 civis e 13 soldados mortos

Pelo menos 17 civis e 13 soldados morreram nas últimas 24 horas nos combates entre as forças governamentais e os rebeldes pró-Rússia no leste da Ucrânia, segundo informaram nesta sexta-feira fontes oficiais ucranianas.

Na região de Donetsk, onde os combates chegaram à capital regional, que tem cerca de um milhão de habitantes (antes do início do conflito), 14 pessoas morreram e 13 ficaram feridas, segundo o governo regional, leal a Kiev.

Em Lugansk, cenário dos combates mais intensos há várias semanas, três civis morreram e sete ficaram feridos, segundo a assembleia municipal da cidade, habitada por meio milhão de habitantes antes da guerra.

Além disso, 13 soldados ucranianos morreram em combate nas últimas 24 horas, o que eleva para 325 o número de baixas entre as forças ucranianas desde o início da operação militar lançada por Kiev há três meses para recuperar o controle dos territórios tomados pelos milicianos pró-Rússia.

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"Em todo o período da operação antiterrorista, 325 militares ucranianos morreram e 1.232 ficaram feridos", anunciou em entrevista coletiva o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional e Defesa da Ucrânia, Andrei Lisenko.

Soldados da Guarda Nacional ucraniana assumiram o controle de Lischansk, a cerca de 90 quilômetros da cidade de Lugansk, informou hoje o comando das milícias separatistas que atuam na região homônima.

Há vários dias as tropas governamentais ucranianas intensificaram sua ofensiva contra posições dos separatistas, que recuaram de várias localidades.

Entenda a crise na Ucrânia

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