UE impõe novas sanções à Rússia por crise na Ucrânia

Poroshenko anunciou que acordo com a UE na semana que vem pode levar a Ucrânia ao objetivo de sair da zona de influência russa em junho

12 set 2014 - 08h02
(atualizado às 08h05)
<p>A Rússia recebeu novas sanções da UE por criser na Ucrânia</p>
A Rússia recebeu novas sanções da UE por criser na Ucrânia
Foto: Alexei Druzhinin / Reuters

A União Europeia implementou nesta sexta-feira uma nova rodada de sanções contra a Rússia por seu papel na crise na Ucrânia, incluindo restrições ao financiamento para algumas empresas estatais e congelamento de bens de dirigentes políticos russos.

As sanções publicadas no diário oficial da UE incluem o congelamento de bens e proibição de viagens impostos a Igor Lebedev, vice-presidente Câmara Baixa do Parlamento russo (a Duma), e Vladimir Jirinovsky, um político ultranacionalista, e um grande número de líderes separatistas pró-russos no leste da Ucrânia.

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Outro alvo das sanções é Sergei Chemezov, descrito como um colaborador próximo do presidente russo Vladimir Putin, desde sua época na KGB na Alemanha Oriental.

Ele é presidente da Rostec, uma das principais corporações do setor industrial e da defesa da Rússia, que inclui a fornecedora de armas Rosoboronexport e uma empresa que está planejando a construção de usinas de energia na Crimeia.

A Rússia criticou nesta sexta-feira as novas sanções de Washington, anunciadas na véspera pelo presidente americano Barack Obama, considerando que estão desconectadas da realidade.

"As sanções anunciadas pelo presidente Obama estão desconectadas da realidade", declarou o presidente da Duma, câmara baixa do Parlamento, Serguei Naryshkin, citado pela agência pública Ria Novosti.

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O conflito na Ucrânia é apenas uma desculpa do Ocidente para punir a Rússia, considerou.

Ucrânia ratificará acordo de associação com UE 

O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, anunciou nesta sexta-feira que o Parlamento ratificará na terça-feira o histórico acordo de associação com a União Europeia, alcançado em junho com o objetivo de sair da zona de influência russa.

A ratificação deste acordo político e comercial será um momento histórico para o país, afirmou o presidente em uma coletiva de imprensa em Kiev.

A assinatura do acordo de associação enfureceu Moscou, que tenta criar uma união aduaneira para recuperar sua influência entre as ex-repúblicas soviéticas.

O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, disse nesta sexta-feira que não poderá haver solução militar para a crise de seu país e que espera que o cessar-fogo "muito frágil" no leste ucraniano se mantenha, permitindo que ele se concentre na reconstrução da economia destroçada pelo conflito.

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Poroshenko também afirmou que a nova onda de sanções da União Europeia contra a Rússia demonstrou a solidariedade ocidental para com Kiev, e que os Parlamentos da Ucrânia e da UE poderiam ratificar no dia 16 um acordo estabelecendo relações econômicas e políticas mais estreitas.

As forças ucranianas vêm lutando contra os separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia há cinco meses, em um conflito no qual mais de 3.000 pessoas foram mortas.

Os dois lados vêm cumprindo, de modo geral, um cessar-fogo desde sexta-feira da semana passada, apesar de violações esporádicas.

"Não há solução militar para a crise", afirmou Poroshenko a parlamentares e empresários da UE e da Ucrânia na conferência anual da Estratégia Europeia de Ialta - realizada desta vez em Kiev, não em Ialta, por causa da anexação da província ucraniana da Crimeia pela Rússia.

"Espero que o processo de paz muito frágil, mas eficiente, que começou exatamente há uma semana, tenha uma continuação, para a paz estável e a segurança no continente", disse ele.

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Com informações da Reuters, AFP e EFE. 

Entenda a crise na Ucrânia

Fonte: Terra
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