UE prepara resposta caso a Rússia não recue sobre Ucrânia
O primeiro-ministro da Alemanha disse nesta terça-feira que a UE começará a preparar respostas novas às ações da Rússia se o governo não recuar neste fim de semana
A União Europeia vai começar a preparar novas respostas às ações da Rússia na Ucrânia se o governo russo não mostrar sinais de recuo no fim de semana, disse nesta terça-feira o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, em uma advertência que foi repetida pelo primeiro-ministro polonês.
Desde a queda do presidente da Ucrânia motivada por protestos pró-Ocidente, as forças russas consolidaram seu domínio na península ucraniana da Crimeia dias antes de um referendo apoiado pela Rússia sobre o futuro da região, marcado para domingo. O novo governo em Kiev e seus aliados ocidentais denunciaram a votação como ilegal.
"Se o fim de semana transcorrer sem uma mudança visível na conduta da Rússia, então na segunda-feira, no Conselho Europeu (encarregado das Relações Exteriores), vamos ter de definir uma nova etapa de medidas", disse o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, durante visita à capital da Estônia, Tallinn.
"Nós não queremos confronto, mas a ação do lado russo, infelizmente, faz com que seja necessário que nos preparemos, como acabo de apontar para vocês", afirmou Steinmeier, fazendo um balanço de um dia de viagem pelos três Estados bálticos, todos membros da UE e da Otan, cuja proximidade com a Rússia - que os governava no tempo soviético - os deixa inquietos com os acontecimentos na Ucrânia.
Falando em Varsóvia, o primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, disse aos repórteres: "No que se refere às sanções contra a Rússia, uma decisão de fato já foi tomada, especialmente sobre o processo de introdução de sanções. A consequência disso será o início de sanções na segunda-feira."
A Polônia tem um interesse especial na Ucrânia e adotou uma posição inflexível. Os dois países compartilham uma fronteira e grandes porções do oeste da Ucrânia pertenciam à Polônia antes da Segunda Guerra Mundial. A política externa polonesa é movida pelo medo de a Rússia -- que antes exercia poder sobre o país -- se expandir para o oeste pela Ucrânia e, em seguida, ameaçar as próprias fronteiras da Polônia.
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A primeira-ministra alemã, Angela Merkel, tem estado na vanguarda de uma estratégia de busca de "engajamento" do presidente russo, Vladimir Putin, em negociações, já que o cabo-de-guerra entre a Rússia e a Europa pela Ucrânia levou a seu mais tenso impasse desde a Guerra Fria.
Os participantes de uma reunião do partido democrata-cristão de Merkel, nesta terça-feira, declararam que ela lhes disse que está preparada para aceitar as consequências negativas de sanções contra a Rússia.
"Os fatos na Crimeia correspondem a uma anexação e não se pode permitir que a Rússia faça isso", disse Merkel, emocionada, embora tenha acrescentado que a UE tem de continuar a dialogar com a Rússia, disseram as fontes.
Até agora os líderes da UE só adotaram medidas em grande parte simbólicas contra Moscou, tal como suspender as negociações sobre ofertas de visto. Merkel diz que sanções mais duras, como as restrições de viagem e congelamento de bens, poderiam vir a seguir se o governo russo não aceitar sua proposta de um "grupo de internacional de contato".
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O objetivo desse grupo seria o de facilitar a comunicação entre Moscou e o governo pró-UE em Kiev, no poder desde que o presidente pró-russo Viktor Yanukovich foi deposto após protestos violentos no país.
Depois disso, as forças russas assumiram o controle das instalações militares em toda a Crimeia, região que abriga a frota russa do Mar Negro e foi território russo até o líder soviético Nikita Kruschev entregá-la à Ucrânia em 1954.
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1 de março de 2014 - Homem ucraniano para em frente de tropa como forma de protesto pela 'invasão russa' ao país. Autoridades ucranianas acusaram a Rússia de enviar novas tropas para Crimeia, uma região estratégica, que abriga uma grande base naval
Foto: AP
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1 de março de 2014 - Civis observam militares uniformizados sem identificação que estão bloqueando base naval na Ucrânia
Foto: AFP
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1 de março de 2014 - Religioso ortodoxo reza próximo aos militares uniformizados em cidade da Crimeia. O senado da Rússia autorizou a invasão de tropas russas à Ucrânia neste sábado, 1 de março
Foto: Reuters
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1 de março de 2014 - Pessoas olham para homens não identificados em uniforme militar bloqueando uma base da unidade de guarda fronteira ucraniana em Balaclava
Foto: AFP
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1 de março de 2014 - Tropas comuniformes sem identificação ficam de guarda em Balaclava, nos arredores de Sevastopol, Ucrânia. Um emblema em um dos veículos identifica-os como sendo pertencentes ao exército russo. Autoridades ucranianas acusaram a Rússia de enviar novas tropas para Crimeia, uma região estratégica da Rússia que abriga uma grande base naval
Foto: AFP
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1 de março de 2014 - Tropas comuniformes sem identificação ficam de guarda em Balaclava, nos arredores de Sevastopol, Ucrânia. Um emblema em um dos veículos identifica-os como sendo pertencentes ao exército russo. Autoridades ucranianas acusaram a Rússia de enviar novas tropas para Crimeia, uma região estratégica da Rússia que abriga uma grande base naval
Foto: AFP
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1 de março de 2014 - Tropas comuniformes sem identificação ficam de guarda em Balaclava, nos arredores de Sevastopol, Ucrânia. Um emblema em um dos veículos identifica-os como sendo pertencentes ao exército russo. Autoridades ucranianas acusaram a Rússia de enviar novas tropas para Crimeia, uma região estratégica da Rússia que abriga uma grande base naval
Foto: AP
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1 de março de 2014 - Homem uniformizado olha de cima de um veículo militar enquanto tropas tomam o controle dos escritórios da Guarda Costeira em Balaclava, periferia de Sevastopol, Ucrânia
Foto: AP
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1 de março de 2014 - Tropas russas sem identificação ficam de guarda em Balaclava, nos arredores de Sevastopol, Ucrânia
Foto: Reuters
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3 de março - Soldado ucraniano olha movimento perto de uma barreira na base de Sevastopol. Rússia deu ultimato à Ucrânia de retirada dos soldados
Foto: AFP
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3 de março de 2014 - Helicóptero militar russo voa perto de Simferopol, Crimeia, nesta segunda-feira
Foto: Reuters
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3 de março de 2014 - Homem armado, possível soldado russo, em porto da cidade de Kerch, na Crimeira
Foto: Reuters
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3 de março de 2014 - Homens uniformizados seguram bandeira russa em base militar na vila de Perevalne, próximo a Simferopol. Cerca de mil homens armados se colocaram próximos à brigada naval da Ucrânia desde ontem. Tropas russas e aviões militares ultrapassaram as fronteiras estabelecidas na Crimeia nesta segunda-feira
Foto: AFP
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3 de março de 2014 - Soldados ucranianos em uma brigada militar no porto de Sevastopol, perto de Balbek. Forças russas chegaram a dar um ultimato para a retirada dos soldados ucranianos da Crimeia, mas, depois, negaram o feito
Foto: AFP
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3 de março de 2014 - Soldado pró-Rússia aponta arma para base naval ucraniana na vila de Novoozerne, que fica cerca de 90km da capital da Crimeia. Forças russas estão controlando uma região estratégica do país
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5 de março de 2014 - Soldados russos vigiam local onde estão ancorados dois navios da Ucrânia, em Sebastopol, na Crimeia
Foto: AP
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7 de março de 2014 - Grupo de militares armados permanece próximo de un acesso à base militar localizada em Perevalnoye, arredores de Simferópol, na Crimeia. O presidente Barack Obama disse nesta quiinta-feira, 6, que o referendo sobre a incorporação da Crimeia à Rússia é inconstitucional e viola as regras internacionais
Foto: EFE
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7 de março de 2014 - Grupo de militares armados permanece próximo de un acesso à base militar localizada em Perevalnoye, arredores de Simferópol, na Crimeia
Foto: EFE
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7 de março de 2014 - Grupo de militares armados permanece próximo de un acesso à base militar localizada em Perevalnoye, arredores de Simferópol, na Crimeia
Foto: EFE
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7 de março de 2014 - Dois soldados ucranianos observam enquanto um grupo de militares armados caminha próximo a um acesso à base militar localizada em Perevalnoye, nos arredores de Simferopol, na Crimeia
Foto: EFE
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7 de março - Homens uniformizados, que acredita-se serem soldados russos, permanecem perto de uma base militar ucraniana em Perevalnoye, arredores de Simferopol, na Crimeia. A Ucrânia disse que aceita dialogar com a Rússia, mas exige que Moscou retire suas tropas do país
Foto: Reuters
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7 de março - Homens uniformizados, que acredita-se serem soldados russos, permanecem perto de uma base militar ucraniana em Perevalnoye, arredores de Simferopol, na Crimeia
Foto: Reuters
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7 de março - Homens uniformizados, que acredita-se serem soldados russos, permanecem perto de uma base militar ucraniana em Perevalnoye, arredores de Simferopol, na Crimeia
Foto: Reuters
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11 de março - Soldado ucraniano caminhanas ruas da vila de Stavki, próxima à Crimeia, nesta terça-feira
Foto: Reuters
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10 de março - Militares russos mancham em área de fronteira com uma base militar ucraniana em Perevalnoye, nesta segunda-feira
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11 de março - Homem armado, possivelmente russo, é visto do lado de fora de uma unidade militar da Ucrânia na vila de Perevalnoye nesta terça-feira
Foto: Reuters
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11 de março - Homens armados, possivelmente russos, conversam próximo à base militar ucraniana em Perevalnoye, que fica próxima à Simferopol
Foto: Reuters
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22 de março - Soldado ucraniano observa movimento através de uma janela quebrada em Novofedoricka. Cerca de 200 soldados pró-Moscou invadiram base da Ucrânia neste sábado
Foto: AFP
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22 de março - Sebastopol: militantes pró-Moscou isolam área de base militar ucraniana em Belbek neste sábado
Foto: AFP
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22 de março -Militante pro-Moscou joga bomba na direção de ucranianos neste sábado, na base de Novofedorivka, onde mais de 200 homens russos invadiram e expulsaram ucranianos neste sábado
Foto: AFP
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22 de março - Homens armados, provavelmente russos, guardam base militar na cidade de Belbek, Crimeia, neste sábado
Foto: Reuters
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22 de março -Homens armados, provavelmente russos, guardam base militar na cidade de Belbek, Crimeia, neste sábado
Foto: Reuters
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22 de março - Civis são retirados de área da Ucrânia onde houve uma invasão de soldados pró-Moscou neste sábado
Foto: Reuters
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22 de março - Homens armados da Ucrânia e da Rússia são vistos numa em base área militar na cidade de Belbek, próximo à Sebastopol
Foto: Reuters
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22 de março - Soldados pró-russos escondem atrás de carro na base militar aérea de Sebastopol
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22 de março- Militantes tártaros e russos correm em área da base ucraniana invadida neste sábado. Cerca de 200 soldados armados tomaram controle do local e expulsaram os ucranianos
Foto: AP
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