O último avião procedente de Kharkov (Ucrânia) com partes de corpos humanos chegou neste sábado ao aeroporto de Eindhoven, na Holanda, onde uma cerimônia encerrou uma semana negra para o país, que perdeu pelo menos 193 cidadãos no voo da Malaysia Airlines MH17.
O Hercules holandês e o Boeing australiano que levavam algumas das últimas partes de corpos que faltavam ser levadas aterrissaram em torno das 13h45 GMT (10h45 de Brasília).
1 de 29
Irmãos australianos Mo, 12 anos, Evie, 10, e Otis Maslin, 8, voltavam com o avô, Nick Norris, para a Austrália após um feriado ao lado dos pais, que ficaram em Amsterdã
Foto: Reprodução/BuzzFeed
2 de 29
Nick Norris, 68, acompanhava os netos Mo, Evie e Otis em viagem de volta à Austrália
Foto: Reprodução/BuzzFeed
3 de 29
O holandês John, sua mulher Yuli e os filhos Arjuna e Sri Paulissen estavam no voo da Malaysia
Foto: AP
4 de 29
O holandês Joep Lange já foi presidente da Sociedade Internacional da AIDs e estava indo para uma conferência sobre a doença na Austrália
Foto: Jean Ayssi/AFP
5 de 29
O porta-voz da Organização Mundial da Saúde, Glenn Thomas, estava a caminho da conferência sobre a AIDs em Melbourne, na Austrália
Foto: AFP/Organização Mundial da Saúde
6 de 29
Foto da graduação do indonésio Hendry Se, que estava no avião da Malásia que caiu na Ucrânia
Foto: Família de Hendry Se/AFP
7 de 29
Os namorados holandeses Karlijn Keijzer e Laurens van der Graaff também estão entre as vítimas
Foto: AP
8 de 29
Foto da indonésia Ninik Yuriani, uma das vítimas que estavam no voo da Malaysia, na Holanda
Foto: Família de Ninik Yuriani/AFP
9 de 29
Um cartaz de desaparecido com uma foto do indonésio Wayan Sujana, que estava no avião da Malaysia
Foto: Christopher Furlong/Getty Images
10 de 29
O senador holandês Willem Witteveen estava no voo da Malaysia Airlines atingido por um míssil quando sobrevoava a Ucrânia
Foto: Paul Dijkstra/AFP
11 de 29
A holandesa Jacqueline van Tongeren era uma das pesquisadoras da AIDs a caminha de uma conferência sobre a doença em Melbourne, na Austrália
Foto: Maaike Danz/AP
12 de 29
O holandês Cor Pan era um dos passageiros do voo MH17, da Malaysia Airlines, que caiu na Ucrânia
Foto: Reprodução/Facebook
13 de 29
A australiana Philomene Tiernan também estava no avião da Malaysia
Foto: Reprodução/Facebook
14 de 29
Quinn Lucas Schansman possuía dupla nacionalidade, holandesa-americana, e estava entre as vítimas da tragédia com o avião da Malaysia
Foto: Reprodução/Facebook
15 de 29
A malasiana Angeline Premila era uma das comissárias a bordo do MH17
Foto: Reprodução/Facebook
16 de 29
O holandês Pim de Kuijer participava do grupo Stop the AIDs Now! e também iria para a conferência sobre a doença na Austrália
Foto: Reprodução/Facebook
17 de 29
Martine de Schutter também participava do grupo ativista Stop the AIDs Now! e estava no voo MH17
Foto: Reprodução/Facebook
18 de 29
A australiana Helena Sidelik voltava para o seu país após ir a um casamento em Amsterdã
Foto: Reprodução/Gold Coast Bulletin
19 de 29
A malasiana Nur Shazana Mohamed Salleh era uma das comissárias de bordo do avião da Malaysia Airlines
Foto: Reprodução/Facebook
20 de 29
O holandês Emiel Mahler ia para Kuala Lumpur, na Malásia, com a namorada
Foto: Reprodução/Facebook
21 de 29
Gary Slok, 15 anos, era goleiro num time local de Maassluis, na Holanda; ele e sua mãe Petra van Langeveld iam para Kuala Lumpur em uma viagem para pais solteiros e seus filhos; o jovem jogador tirou um selfie com a mãe momentos antes do MH17 decolar
Foto: Reprodução/TheMirror
22 de 29
A holandesa Tessa van der Sande trabalhava na Anistia Internacional da Holanda e estava no avião da Malaysia com outros membros de sua família; seu trabalho era focado na África
Foto: Reprodução/Facebook
23 de 29
Entre as vítimas do MH17 estão os australianos Liam Davison, 56 anos, um escritor premiado, e sua mulher, Frankie, 54, que era professora de literatura
Foto: Reprodução/The Age
24 de 29
Shuba Jaya, uma atriz de Kuala Lampur, e seu marido holandês Paul Goes; o casal estava no voo de volta para casa após terem levada o filha Kaela para os avôs paternos conhecerem
Foto: Reprodução/The Star Online
25 de 29
Uma família de seis pessoas morreu na tragédia; Tambi Jiee e sua mulher, Ariza Ghazalee, viajavam com os filhos Muhammad Afif, Afruz Tambi, Marsha Azmeena e Muhammad Afzal da Europa para casa, em Kuala Lumpur; na foto, uma passagem da família pela Alemanha
Foto: Reprodução/Facebook
26 de 29
O piloto de helicóptero Cameron Dalziel, que possuía dupla cidadania (britânica/sul-africana), trabalhava na Malásia e voltava para o país após uma conferência em Amsterdã; um colega disse que ele era um ótimo piloto de resgate
Foto: Reprodução/Twitter
27 de 29
O advogado britânico John Allen era casado com a holandesa Sandra Martens, com quem tinha os filhos Christopher, Julian e Ian, todos holandesas; a família toda estava no MH17 indo passar férias na Indonésia
Foto: Reprodução/The Mirror/Universal News and Sport
28 de 29
Único canadense no voo, Andrei Anghel, 24, era estudante de medicina e estava a caminho de Bali, na Indonésia, com a namorada alemã, Olga Ioppa
Foto: Reprodução/LinkedIn
29 de 29
Bintiparawira Sitiamirah, também conhecida como Sri Siti Amirah, era mulher de Mohammad Omar, avô do primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak; ela estava em Amsterdã visitando familiares e iria para a Indonésia passar uma data comemorativa muçulmana
Foto: Reprodução/Twitter
De Eindhoven, os restos humanos serão transportados por terra até a base de Hilversum, onde uma equipe de especialistas legistas da Holanda e de outros países realiza o processo de identificação, uma tarefa que pode levar semanas e até meses.
As duas aeronaves militares da Holanda e da Austrália, os dois países com mais vítimas entre os 298 ocupantes do avião mortos na tragédia aérea ocorrida em 17 de julho, começaram na quarta-feira passada a transportar os corpos do aeroporto de Kharkiv, sob controle da Ucrânia.
A Holanda se envolverá diretamente na busca de mais restos das vítimas com uma missão de 40 policiais que viajarão ao leste da Ucrânia, informou nesta sexta-feira o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, ao parlamento.
A polícia dos Países Baixos, além disso, fez nesta semana um apelo voltado a "pessoas que possam estar em posse de material associado ao acidente", segundo um comunicado.
Acrescentou que os investigadores "querem ter o retrato do cenário onde ocorreu o desastre antes, durante e depois" da derrubada por um míssil terra-ar do voo MH17, operado por Malaysia Airlines, quando sobrevoava território ucraniano controlado por separatistas pró-Rússia.
Os analistas holandeses consideram que ter imagens recentes do marco zero do desastre poderia ajuda-los a reconstruir o cenário, por isso divulgaram a chamada nos idiomas russo e ucraniano, além de em holandês.
Em seu pronunciamento no comitê das Relações Exteriores da câmara, a segunda nesta semana, Rutte disse aos deputados que "se receberam 203 bolsas de transporte de cadáveres, mas isso não significa que sejam 203 corpos".
No avião estavam 298 pessoas, 193 delas holandesas e 37 australianas.
O Executivo de Rutte pretende que uma força composta por soldados da polícia, da polícia militar e do exército ajude no terreno nos trabalhos de resgate de todos os restos humanos que ficarem na região.
Por outro lado, Holanda e Austrália querem enviar uma missão policial e militar à zona do desastre com o apoio da ONU e preparam um projeto de resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas que ampare o envio da missão internacional.
Os deputados perguntaram à Rutte sobre a possível imposição de sanções à Rússia por parte da União Europeia (UE), possibilidade que os países da União Europeia não descartam pela cooperação praticamente nula de Moscou na redução de tensões na região, mas não por seu suposto envolvimento na derrubada do Boeing-777 malaio, que viajava de Amsterdã para Kuala Lumpur.
O primeiro-ministro australiano, Tony Abott, informou hoje que ainda há destroços do desastre em solo ucraniano.
Um dos investigadores enviados à zona por Malaysia Airlines assinalou neste sábado à imprensa que poderiam passar semanas até que todos os restos de corpos que faltam ser encontrados no perímetro de segurança sejam efetivamente repatriados.
Em Bruxelas, a UE reforçou sua lista negra de sancionados ucranianos e russos após a suposta derrubada do avião pelas forças pró-Moscou e planeja tomar medidas econômicas contra o Kremlin em reunião de embaixadores comunitários na próxima terça-feira.