A União Europeia adotou nesta terça-feira uma série de importantes sanções econômicas contra a Rússia, acusada de desestabilizar a Ucrânia, informou uma fonte europeia.
Os embaixadores dos 28 países membros do bloco discutiam desde cedo a adotação de novas sanções que incluiriam uma restrição aos bancos públicos russos de operar no mercado financeiro europeu, proibição à compra e venda de armamento militar, bem como restrições à venda de material com dupla utilização (civil e militar) ou destinado à indústria petrolífera russa.
Até o momento, a UE havia privilegiado sanções contra autoridades políticas e da segurança russas e ucranianas envolvidas diretamente na desestabilização da Ucrânia e na anexação da Crimeia, com a intenção de pressionar o governo russo a mudar de atitude em relação a crise.
Com esta nova série de sanções, o bloco dá um passo importante por tratar-se de medidas que atingirão pela primeira vez setores econômicos importantes da Rússia, assumindo o risco de prejudicar sua própria economia.
Esta nova decisão foi tomada um dia depois da conversa entre o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, com a chanceler alemã, Angela Merkel; o presidente francês, François Hollande, e com os primeiros-ministros do Reino Unido, David Cameron, e da Itália, Matteo Renzi, para coordenarem a possibilidade de decretar novas sanções setoriais contra a Rússia.
Após a queda do avião comercial da Malaysia Airlines com 298 pessoas na área de conflito no leste da Ucrânia, uma área controlada por separatistas pró-Rússia, estes países querem dar uma resposta à Rússia, por acreditarem que continua transferindo armas aos rebeldes, explicou após a conversa o assessor adjunto de segurança nacional da Casa Branca, Tony Blinken.
Com informações da AFP e EFE.