A União Europeia estuda unificar as leis, em todos os países membros, em relação à prostituição, proibindo e criminalizando a “compra e a venda de sexo" durante esta semana. Políticos e feministas esperam que os 28 membros da União Europeia, tais como França, Islândia, Noruega e Suécia, criminalizem a compra de sexo, segundo informações da revista Time. Porém, muitos assistentes sociais, governantes e prostitutas se colocam contra a iniciativa. Para eles, a criminalização apenas colocaria prostitutas e clientes em perigo, já que a atividade teria de ser realizada clandestinamente nas ruas. Eles acrescentam que a criminalização também tiraria a oportunidade de escolha das mulheres que seguem este caminho para ganhar dinheiro e sair da pobreza.
Na Bélgica, por exemplo, vender e comprar sexo é legal, mas lucrar com isto é proibido. Já na França, pagar por sexo pode ser motivo de multa. Segundo Mary Honeyball, membro do Parlamento Europeu, representante do Partido Trabalhista Inglês, o medo dos defensores da criminalização é de que estas mulheres estejam sendo coagidas e traficadas pela indústria do sexo. Para Honeyball, a União Europeia deveria adotar o chamado “Modelo Nórdico”, que é utilizado na Islândia, Suécia e Noruega: o modelo criminaliza a compra do sexo, mas não condena quem vende sexo, considerando assim as prostitutas como vítimas. “Informações da Suécia nos mostram que este modelo reduz a demanda por prostituição. E se você reduz a demanda, você reduz o tráfico humano”, disse.
Prostitutas da “Ghent Red Light” , famosa região de prostituição de Amsterdã, disseram ser contra a proibição de sua profissão no país, já que esta é uma maneira de “ganharem a vida”. Segundo uma ativista britânica da União Internacional de Trabalhadores do Sexo, os políticos tornariam suas vidas mais difíceis e perigosas, e "não há nada feminista sobre a criminalização de nossos clientes e isso desconsidera o nosso consentimento."