O Vaticano e a Organização das Nações Unidas (ONU) se juntaram nesta terça-feira para alertar o mundo sobre os efeitos das mudanças climáticas, indo firmemente contra os céticos que negam que a atividade humana contribui para mudar os padrões climáticos mundiais.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, conversou sobre mudanças climáticas com o papa antes de abrir uma conferência de cientistas e religiosos chamada "As Dimensões Morais das Mudanças Climáticas e Desenvolvimento Sustentável".
O papa, que deve fazer um grande pronunciamento sobre desenvolvimento sustentável na ONU em setembro, disse acreditar que o homem é o principal responsável pelas mudanças no clima e está escrevendo uma encíclica sobre o meio ambiente.
Ban, abrindo a conferência organizada pela Pontifícia Academia de Ciências que reuniu cerca de 60 cientistas, líderes religiosos e diplomatas, pediu que os países industrializados invistam em energias limpas e reduzam suas emissões de carbono.
"Mitigar a mudança climática e se adaptar a seus efeitos é necessário para a erradicação da extrema pobreza, redução da desigualdade e assegurar um desenvolvimento econômico sustentável", disse o secretário-geral.
A declaração final da conferência, que teve duração de apenas um dia, disse que "a mudança climática induzida pelo humano é uma realidade científica e a diminuição decisiva é um imperativo moral e religioso para a humanidade".