O Vaticano enviou uma mensagem, "redigida em nome do Santo Padre", à presidente argentina Cristina Kirchner, indicou nesta sexta-feira à AFP o porta-voz do Vaticano, o padre Federico Lombardi.
É comum que este tipo de mensagem, que frequentemente o papa nem chega a ler, leve a assinatura "Francisco", esclareceu Lombardi ao se referir à polêmia sobre a mensagem enviada pelo Vaticano a Kirchner.
"A partir de algo muito comum nasceu um equívoco", disse Lombardi à AFP.
Pela manhã, um porta-voz adjunto da Santa Sé havia dito que o Vaticano havia enviado uma mensagem a Cristina Kirchner por ocasião da festa pátria, mas que não se tratava de "uma mensagem pessoal do Papa".
"Houve uma mensagem da Secretaria de Estado (do Vaticano), como é habitual neste tipo de ocasiões, mas não era uma mensagem pessoal do Papa", declarou o sacerdote Ciro Benedettini, porta-voz adjunto da sala de imprensa do Vaticano.
O bispo argentino Guillermo Karcher, secretário de protocolo do Vaticano, afirmou na quinta-feira que a carta era falsa.
Mas o secretário da presidência argentina, Oscar Parrilli, disse que não duvidava da autenticidade do documento, que havia chegado pelos canais habituais.