Vaticano mantém silêncio sobre embaixador francês gay

Jornal francês afirmou que o Vaticano considera uma provocação a indicação de um homsosexual para o cargo

10 abr 2015 - 19h35
(atualizado às 19h57)

A França defende sua indicação para embaixador na Santa Sé, disse uma autoridade nesta sexta-feira (10), apesar de o Vaticano ainda não ter reconhecido o ocupante do cargo mais de três meses após a nomeação, um atraso que as mídias francesa e italiana atribuem à sexualidade do diplomata. 

<p>Laurent Stefanini já ocupou o segundo cargo mais graduado da embaixada francesa na Santa Sé</p>
Laurent Stefanini já ocupou o segundo cargo mais graduado da embaixada francesa na Santa Sé
Foto: Twitter

O governo de François Hollande nomeou o chefe de protocolo da Presidência, Laurent Stefanini, para o cargo em 5 de janeiro, mas ainda não obteve retorno do Vaticano. 

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"Ainda estamos esperando pela resposta do pedido de sua validação. Laurent Stefanini é um de nossos melhores diplomatas, é por isso que o estamos propondo", disse uma fonte do Palácio do Eliseu.

O jornal católico francês La Croix citou uma fonte não identificada dizendo que o Vaticano considerava uma "provocação" a indicação de um homossexual para o cargo pelo governo socialista francês, que em 2013 aprovou uma lei permitindo o casamento gay.

O governo francês não emitiu comentários oficiais sobre o assunto e o Vaticano também não quis comentar a nomeação de Stefanini, que já ocupou o segundo cargo mais graduado da embaixada francesa na Santa Sé.

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Não foi possível falar com Stefanini no Eliseu via telefone nesta sexta. "Quando o embaixador é indicado, o nome é publicado no boletim oficial da Santa Sé. Até lá, não há nada a ser dito", disse o gabinete de comunicação do Vaticano em resposta a questionamentos. 

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