Um mendigo que morreu em dezembro do ano passado por conta do frio europeu foi enterrado no Campo Santo Teutônico do Vaticano, destinado ao sepultamento de religiosos, aristocratas, nobres e cavaleiros.
De acordo com o portal News.VA, Willy Herteleer, nascido na região belga de Flandres, era conhecido por sua dignidade e bondade.
"Era uma pessoa muito, muito aberta, que fez muitas amizades; falava com os jovens, falava do Senhor, falava a eles do Papa, convidava à celebração eucarística. Era uma pessoa rica, grande de fé", disse padre Bruno Silvestrini, da Igreja de Sant'Ana, a paróquia do papa no Vaticano.
Ele tinha "presumíveis 80 anos" e estava internado no Hospital Santo Espírito, onde morreu. O corpo ficou no necrotério do hospital, pois estava sem identificação. Seu desaparecimento repentino fez com que as buscas por sua localização começassem, sendo então reconhecido no hospital.
Segundo o padre, "em perfeita sintonia" com as mensagens do papa Francisco sobre os excluídos, que "em nossa sociedade não contam, mas constituem um número", o enterro foi feito após um pedido de autorização.
O cemitério em questão se encontra entre a Basílica de São Pedro e a Sala Paulo VI e é uma área cercada por um alto muro adquirida, segundo a História, pelo imperador Carlo Magno no final do século VIII.