O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky afirmou que a Rússia está dificultando negociações de paz, exigindo um cessar-fogo incondicional de 30 dias e troca de prisioneiros. As declarações foram feitas após encontro com o cardeal Pietro Parolin, do Vaticano.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou nesta sexta-feira, 14, que a Rússia está impondo condições para dificultar as negociações de paz. Segundo ele, a devolução dos prisioneiros de guerra e um cessar-fogo incondicional de 30 dias seriam passos essenciais para alcançar uma “paz justa e duradoura”.
“A troca de prisioneiros e um cessar-fogo de 30 dias são os primeiros passos que podem nos aproximar significativamente de uma paz justa e duradoura. A Ucrânia está pronta para tomar essas medidas porque o povo ucraniano quer a paz mais do que ninguém”, declarou Zelensky em uma publicação na rede social X.
O líder ucraniano criticou a postura do Kremlin, afirmando que Moscou impõe exigências que tornam o processo mais lento e complicado. “Enquanto isso, o mundo vê como a Rússia está deliberadamente estabelecendo condições que apenas complicam e arrastam o processo, já que a Rússia é a única parte que quer que a guerra continue e a diplomacia fracasse”, acrescentou.
I spoke with the Secretary of State of the Holy See, Cardinal Pietro Parolin. I wished Pope Francis a speedy recovery and thanked him for his prayers and moral support for our people, as well as for his efforts in facilitating the return of Ukrainian children illegally deported… pic.twitter.com/Cyw1TIvsWd
— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) March 14, 2025
As declarações de Zelensky foram feitas após um encontro com o cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano, em meio a esforços diplomáticos para a mediação do conflito.
Enquanto isso, os Estados Unidos manifestaram apoio à Ucrânia e reforçaram sua posição junto aos ministros das Relações Exteriores do G7, que divulgaram uma declaração defendendo a soberania ucraniana.
“Reafirmamos nosso apoio inabalável à Ucrânia na defesa de sua integridade territorial e direito de existir, e sua liberdade, soberania e independência”, declararam os ministros.
A declaração também elogiou a disposição da Ucrânia para um cessar-fogo imediato e instou a Rússia a aceitar os mesmos termos e implementá-los integralmente.
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As discussões ocorrem em um momento de impasse, um dia depois de o presidente russo, Vladimir Putin, questionar uma proposta de cessar-fogo mediada pelos Estados Unidos. O enviado especial americano Steve Witkoff esteve em Moscou para tratar da questão, mas ainda não há sinais de avanços concretos.
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