O ex-presidente da Bolívia Evo Morales iniciou uma greve de fome para exigir que o governo de seu ex-aliado Luis Arce dialogue com os manifestantes que bloqueiam estradas do país há cerca de 20 dias.
Os apoiadores de Morales pedem a suspensão da investigação contra o ex-mandatário por um suposto caso de abuso sexual contra uma adolescente, definindo o inquérito como "perseguição política".
"Para priorizar o diálogo, vou iniciar uma greve de fome até que o governo instale mesas de diálogo", afirmou o ex-presidente, que destacou ainda que não tem medo da cadeia.
"Podem me prender, só espero que não me matem, por favor. Estou com meu povo, e com o povo vamos resistir", acrescentou.
Morales é suspeito de ter mantido relações sexuais com uma menor de idade e ignorou uma intimação para prestar depoimento, alegando que não há nenhuma prova contra ele e que se trata de uma perseguição política por parte do governo Arce.
Ambos disputam abertamente o controle do partido Movimento ao Socialismo (MAS) em vista das eleições presidenciais de 2025.
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