Evo Morales joga dúvidas sobre veracidade de golpe na Bolívia

Presidente Arce acusou ex-mandatário de se aliar ao 'fascismo'

1 jul 2024 - 10h51
(atualizado às 11h33)

O presidente da Bolívia, Luis Arce, acusou seu ex-aliado Evo Morales de apoiar o "fascismo" ao jogar dúvidas sobre a veracidade da tentativa fracassada de golpe militar levada a cabo no último dia 26 de junho.

    Em seu perfil no X, Morales, presidente da Bolívia entre 2006 e 2019, disse que Arce "enganou e mentiu ao povo boliviano e ao mundo". Além disso, o ex-líder pediu "desculpas à comunidade internacional pelo alarme gerado" e agradeceu pela "solidariedade" com o país.

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    "É importante que uma investigação completa e independente demonstre a verdade deste fato", acrescentou o ex-mandatário.

    Arce, por sua vez, respondeu que o ex-aliado "não deve se colocar ao lado do fascismo que nega o ocorrido".

    "Evo Morales, não se equivoque mais uma vez. O que aconteceu em 26 de junho foi claramente um golpe militar fracassado. Os responsáveis que tentaram tomar o poder pelas armas estão sendo processados e serão julgados, assim como os golpistas de 2019", disse o presidente, em referência ao levante que derrubou Morales há cinco anos.

    Os dois pertencem ao Movimento ao Socialismo (MAS) e disputam o controle da legenda em vista das eleições presidenciais previstas para 2025.

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    Na semana passada, a oposição de direita já havia questionado a veracidade do golpe liderado pelo ex-comandante do Exército Juan José Zúñiga e acusado Arce de encenar uma revolta para aumentar a popularidade do governo, alvo de protestos por conta da crise econômica no país.

    Zúñiga havia sido destituído do comando do Exército um dia antes da rebelião, após ter ameaçado prender Morales caso ele se candidatasse nas eleições de 2025.

  
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