Coreia do Norte descarta negociações sobre armas nucleares

17 nov 2017 - 12h54
(atualizado às 13h04)
Embaixador da Coreia do Norte na Organização das Nações Unidas, Han Tae Song
Embaixador da Coreia do Norte na Organização das Nações Unidas, Han Tae Song
Foto: Reuters

A Coreia do Norte descartou nesta sexta-feira a possibilidade de negociações com Washington enquanto exercícios militares conjuntos entre os Estados Unidos e a Coreia do Sul continuarem, e disse que o programa de armas atômicas de Pyongyang permanecerá como uma dissuasão a uma ameaça nuclear dos EUA.

Em entrevista à Reuters, Han Tae Song, embaixador da Coreia do Norte na Organização das Nações Unidas em Genebra, minimizou as novas sanções que o governo Trump disse estar preparando, assim como a possibilidade de a Coreia do Norte ser adicionada a uma lista dos Estados Unidos de países que patrocinam o terrorismo.

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A Coreia do Sul e os Estados Unidos concordaram nesta sexta-feira em continuar trabalhando em uma solução pacífica para a crise nuclear da Coreia do Norte, mas um diplomata norte-americano disse que é difícil avaliar as intenções de Pyongyang já que não houve "nenhum sinal".

Han, questionado sobre as conversas bilaterais em Seul, respondeu: "Enquanto houver uma contínua política hostil contra o meu país pelos Estados Unidos e enquanto houverem contínuos jogos de guerra na nossa porta, não haverá negociações."

"Existem contínuos exercícios militares usando bens nucleares assim como porta-aviões, e bombardeiros estratégicos... aumentando tais tipos de exercícios militares contra o meu país", disse.

Han, que é embaixador para a Conferência de Desarmamento da ONU, estava falando na missão da República Popular Democrática da Coreia em Genebra, onde a Coreia do Norte e os Estados Unidos chegaram a um acordo nuclear em 1994 que depois se desintegrou.

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"Meu país continuará a desenvolver sua capacidade de autodefesa, cujo eixo são as forças nucleares e a capacidade para um triunfante... ataque enquanto os Estados Unidos e forças hostis continuarem com ameaças nucleares e chantagens", disse Han.

"Nosso país planeja a conclusão máxima da força nuclear", disse.

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