A Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) disse nesta terça-feira que proibirá companhias aéreas dos EUA de operarem no Haiti por 30 dias, após dois jatos comerciais serem atingidos por tiros na última segunda-feira.
A FAA emitiu um Aviso à Missão Aérea proibindo as companhias aéreas dos EUA de operarem voos no território e no espaço aéreo do Haiti abaixo de 10.000 pés (3.048 metros) por 30 dias, citando "riscos de segurança de voo associados à contínua instabilidade de segurança".
Na última segunda-feira, um voo da Spirit Airlines com destino à capital haitiana foi atingido por tiros. O avião foi obrigando a se desviar para a vizinha República Dominicana. Além disso, foi identificado, após a chegada em Nova York, que um voo da JetBlue Airways que retornava de Porto Príncipe teve danos causados por balas.
A JetBlue Airways disse na noite de segunda-feira que suspenderia todos os voos de e para o Haiti até 2 de dezembro.
A Spirit afirmou que seu avião foi danificado e ficou fora de serviço ao aterrissar na cidade dominicana de Santiago, no norte do país. Um comissário de bordo ficou ferido no incidente, mas nenhum passageiro ficou machucado.
Gangues armadas na capital do Haiti atiraram em aeronaves nas últimas semanas, com a situação de segurança se deteriorando. No mês passado, um helicóptero da ONU foi atingido por tiros voando sobre Porto Príncipe.
Na segunda-feira, o primeiro-ministro haitiano, Alix Didier Fils-Aime, assumiu o cargo comprometendo-se a melhorar a segurança. Fils-Aime foi nomeado pelo conselho de transição do país insular caribenho no fim de semana para suceder Garry Conille, que durou apenas seis meses no cargo.