O gigante da mídia social Facebook baniu de sua plataforma nesta quinta-feira (18/04) vários grupos britânicos de extrema direita, acusando-os de promover ódio e violência nas redes sociais.
A medida, que se aplica também ao Instagram, inclui a English Defence League (EDL) e seu fundador, Paul Ray.
Outros grupos também banidos são o Knights Templar International, juntamente com seu iniciador, Jim Dowson; o Britain First e seu líder, Paul Golding; e a ex-vice-líder do grupo, Jayda Fransen; o British National Party (BNP) e seu ex-líder, Nick Griffin. Também foram banidos o National Front e seu líder Tony Martin, além de Jack Renshaw, neonazista que tentou assassinar um deputado do Partido Trabalhista britânico.
A plataforma baniu os grupos por violarem sua política, que proíbe "atividades terroristas, ódio organizado, assassinatos em massa ou em série, tráfico de seres humanos, violência organizada ou atividades criminosas".
"Indivíduos e organizações que espalham o ódio ou atacam ou pedem a exclusão de outros com base em quem eles são não têm lugar no Facebook", disse uma porta-voz da empresa.
"Banimos aqueles que proclamam uma missão violenta ou odiosa ou estão envolvidos em atos de ódio ou violência. Postagens e outros conteúdos que expressem elogios ou apoio a essas figuras e grupos também serão banidos", prosseguiu.
"Este banimento já chegou bastante atrasado", criticou a parlamentar Yvette Cooper, presidente do comitê de assuntos internos do Parlamento britânico. "Há tempo demais, as empresas de mídia social têm facilitado o conteúdo extremista e de ódio online, lucrando com o veneno", acrescentou.
"Elas [as redes sociais] fracassaram particularmente com o extremismo de direita, já que sequer têm os mesmos sistemas de coordenação para que as plataformas trabalhem juntas, como fazem no caso do extremismo islâmico", frisou.
Outras figuras controversas, como o ativista de extrema direita Tommy Robinson, já foram banidas pela rede social.