Facebook compartilhou dados com empresas chinesas, diz NYT

Entre elas, está a Huawei, considerada uma "ameaça" pelos EUA

6 jun 2018 - 10h00
(atualizado às 10h52)

O Facebook cedeu dados pessoais de usuários a pelo menos menos quatro empresas chinesas, uma delas na mira das autoridades dos Estados Unidos e considerada uma "ameaça à segurança nacional". Esta é mais uma denúncia publicada nesta quarta-feira (6) pelo jornal The New York Times, que nos últimos dias relatou outros casos de compartilhamento de dados entre a rede social de Mark Zuckerberg e fabricantes de aparelhos.

O CEO do Facebook, Marck Zuckerberg
O CEO do Facebook, Marck Zuckerberg
Foto: Leah Millis / Reuters

Segundo o diário, o acordo foi assinado no ano de 2010 com quatro empresas chinesas, como a Huawei, listada pelos serviços de inteligência norte-americanos como uma empresa com potencial de ameaça à segurança, e a Lenovo, a Oppo e a TLC. Os acordos ainda estão em vigor e, segundo o NYT, o Facebook tenta rescindir com a Huawei até o fim da semana.

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A nova denúncia vem poucos dias após o mesmo jornal publicar que a empresa mantinha até hoje acordos de 2007 para compartilhamento de dados de usuários com a Amazon, Apple, Blackberry e Samsung. Na época, quando não havia tantos aplicativos, o Facebook fechou parcerias com as fabricantes para incluir a rede social nos aparelhos eletrônicos.

Em resposta, o Facebook disse que a "integração com a Huawei, Lenovo, Oppo e TCL são controladas desde o início". "Aprovamos as experiências do Facebook que estas empresas criaram. Visto o interesse do Congresso no assunto, queremos esclarecer que todas as informações provenientes destas integrações com Huawei foram arquivadas nos dispositivos, e não nos servidores da Huawei", defendeu Francisco Varela, diretor de Mobile Partnerships do Facebook.

"O Facebook, junto com muitas outras empresas norte-americanas de tecnologia, trabalhou com diversos fabricantes chineses para integrar os próprios serviços nestes telefones. Huawei é o terceiro fabricante mundial de dispositivos móveis e seus aparelhos são utilizados por pessoas em todo o mundo, inclusive nos Estados Unidos", disse o executivo.

Por sua vez, a Huawei, em um comunicado oficial, também se defendeu. "Como todos os principais fabricantes e smartphone, Huawei trabalhou junto com o Facebook para permitir o acesso aos seus usuários. Huawei nunca recolheu nem arquivou nenhum dado", publicou a empresa.

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