Farmacêuticas deveriam reduzir preço de vacina contra Covid-19 para a África, diz entidade

17 dez 2020 - 13h54

As empresas farmacêuticas deveriam vender vacinas contra Covid-19 para países africanos com desconto e permitir que sejam produzidas localmente para que seja possível reduzir os custos, disse o chefe da entidade de controle de doenças do continente nesta quinta-feira.

John Nkengasong, diretor do Centro para Controle e Prevenção de Doenças da África 
22/05/2018
REUTERS/Denis Balibouse
John Nkengasong, diretor do Centro para Controle e Prevenção de Doenças da África 22/05/2018 REUTERS/Denis Balibouse
Foto: Reuters

A África almeja vacinar até 60% de sua população de 1,3 bilhão de habitantes nos próximos dois anos, mas pode precisar de vários anos de inoculações, disse John Nkengasong, diretor do Centro para Controle e Prevenção de Doenças da África (CDC), aos repórteres.

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Ainda não se sabe com que frequência as pessoas necessitarão de vacinações contra Covid-19, disse.

"Por causa disso, a fabricação local se torna imperativa para atingirmos nossas metas."

Muitos países africanos estão contando com o Covax, um plano global de alocação de vacinas contra Covid-19 coliderado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) que está trabalhando para reduzir os preços para países pobres e de renda média.

Mas o CDC da África acredita que só receberá 20% das vacinas de que precisa através do Covax, e também precisa de dinheiro para distribuir a vacina.

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"O esquema Covax não se encarrega da entrega, ele se encarrega de comprar as vacinas. Mas o maior desafio de qualquer programa de vacinação é como você a entrega aos necessitados no tempo adequado", disse Nkengasong.

Ele acrescentou que o continente está trabalhando com o Afreximbank e o Banco Mundial para determinar como arrecadar fundos para comprar e entregar vacinas.

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