Um mandado de busca e apreensão divulgado pela imprensa americana nesta sexta-feira (12/8), mostra que o FBI encontrou e apreendeu 11 conjuntos de documentos confidenciais da residência de Donald Trump em Mar-a-Lago, na Flórida, no início desta semana.
Na última quinta-feira, o Departamento de Justiça pediu para tornar pública a documentação que autorizou e justificou a entrada de agentes do FBI, a polícia federal americana, na casa do Republicano.
A quebra do sigilo enquanto a investigação ainda está em andamento é uma medida pouco usual nos EUA, mas foi autorizada na tarde desta sexta-feira.
Trump nega qualquer irregularidade. Ele disse que os itens que mantinha em sua casa não eram considerados classificados ou secretos.
Segundo o Wall Street Journal, os itens removidos pelo FBI de Mar-a-Lago incluem 20 caixas, pastas de fotos e uma carta de clemência escrita em nome do estrategista político Roger Stone, um aliado de longa data de Trump.
Também foram recuperadas informações sobre o "Presidente da França", diz o jornal, embora não haja detalhes sobre que tipo de material seria este.
O Wall Street Journal ainda relata que há uma lista de documentos apreendidos marcada como "TS/SCI" - sigla em inglês para informações compartimentadas ultra-secretas/sensíveis - um nível de classificação reservado para informações que podem causar danos "excepcionalmente graves" à segurança dos EUA.
Além disso, haveria quatro conjuntos de "documentos ultrassecretos", três conjuntos de "documentos secretos" e três conjuntos de documentos "confidenciais".
Não foram fornecidos mais detalhes sobre o conteúdo desses documentos.
Em um comunicado em sua plataforma Truth Social, Trump disse que os itens recuperados pelo FBI foram "todos desclassificados" e armazenados com segurança.
Ele disse que estaria disposto a entregar os itens antes que o mandado de busca e apreensão fosse cumprido.
"Eles poderiam tê-los quando quisessem - inclusive há muito tempo", disse Trump. "Tudo o que eles tinham que fazer era pedir."
A busca da segunda-feira marcou a primeira vez que a propriedade de um ex-presidente foi revistada como parte de uma investigação criminal.
Trump e muitos de seus aliados republicanos condenaram a medida afirmando que teve motivação política.