França tornará uso de máscaras obrigatório em toda Paris para conter Covid-19

27 ago 2020 - 11h37

A França deve ordenar o uso obrigatório de máscaras em toda Paris para conter o aumento das infecções pelo coronavírus, disse o primeiro-ministro, Jean Castex, nesta quinta-feira, alertando que o surto poderia sair de controle se uma ação rápida não fosse adotada.

Pessoas usam máscaras de proteção em Nantes, na França
24/08/2020 REUTERS/Stephane Mahe
Pessoas usam máscaras de proteção em Nantes, na França 24/08/2020 REUTERS/Stephane Mahe
Foto: Reuters

"O vírus está se disseminando por todo o país", disse Castex em uma coletiva de imprensa, flanqueado pelos ministros da Saúde e da Educação. "A disseminação da epidemia poderia se tornar exponencial se não agíssemos rapidamente."

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O número de reprodução de infecções "R" da França subiu para 1,4, disse Castex, o que significa que cada 10 pessoas com o vírus infectarão outras 14. Um número R acima de um pode causar um crescimento exponencial.

A França tornou o uso de máscaras obrigatório em espaços públicos fechados, como lojas e bancos, em 21 de julho, e no início de agosto elas se tornaram obrigatórias em locais cheios a céu aberto da capital, como a basílica de Sacré Coeur, em Montmartre.

O porta-voz da prefeitura de Paris disse que a decisão de ampliar a ordem para toda a cidade foi tomada pelo governo e que ainda não está claro quando entrará em vigor.

Castex, que supervisionou a saída do país do isolamento antes de ser indicado a premiê em julho, disse que a vida precisa continuar, mas que a França não baixará a guarda, já que conselheiros científicos alertam para uma segunda onda no outono no Hemisfério Norte.

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Licenças custeadas pelo Estado salvaram empregos e aumentaram os gastos dos consumidores durante o verão, incitando uma reação econômica que pode fazer a economia francesa contrair menos do que os 11% previstos, disse o ministro das Finanças, Bruno Le Maire.

A França relatou 5.429 infecções diárias novas na quarta-feira, uma nova alta pós-isolamento e um nível que não era visto desde o auge da pandemia, ocorrido no começo de abril.

As infecções estão disparando entre os jovens, disse Castex, que exortou os avôs a não buscarem os netos na escola quando o ano letivo começar no dia 1º de setembro.

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