Funcionários da ONU são acusados de ligação com ataque do Hamas

EUA suspenderam financiamento à Unrwa; UE expressou preocupação

26 jan 2024 - 14h14
(atualizado às 16h42)
Foto: Reuters

A Agência das Nações Unidas para Refugiados Palestinos (Unrwa, em inglês) anunciou nesta sexta-feira (26) que demitiu "vários funcionários" acusados de estarem envolvidos no ataque deflagrado pelo grupo fundamentalista islâmico Hamas contra Israel no dia 7 de outubro.

"Qualquer funcionário envolvido em atos de terrorismo será responsabilizado, inclusive através de processos criminais", afirmou o comissário-geral da Unrwa, Philippe Lazzarini, acrescentando que "as autoridades israelenses forneceram à Unrwa informações sobre o alegado envolvimento de vários funcionários nos terríveis ataques de 7 de outubro".

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"Para proteger a capacidade da agência de fornecer assistência humanitária, tomei a decisão de rescindir imediatamente os contratos desses membros e iniciar uma investigação para apurar a verdade sem demora", afirmou ele, condenando os ataques do Hamas e falando em "acusações chocantes".

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Já o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse estar "horrorizado" com a notícia e pediu para "Lazzarini investigar rapidamente o assunto a fim de garantir que qualquer funcionário da agência que participou ou facilitou os ataques seja imediatamente demitido e encaminhado para potencial processo criminal".

As denúncias também fizeram os Estados Unidos expressarem preocupação pelo suposto envolvimento de 12 funcionários e suspender temporariamente o financiamento à Unrwa.

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Segundo um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, a decisão temporária foi tomada enquanto as acusações e as medidas que as Nações Unidas estão a tomar para resolver a questão são analisadas.

Paralelamente, a União Europeia também disse estar "extremamente preocupada" e reiterou "a sua mais veemente condenação aos ataques dos terroristas do Hamas contra Israel, que não têm justificativas".

"A Unrwa desempenhou durante muitos anos um papel vital no apoio aos refugiados palestinos vulneráveis, no acesso a serviços vitais, como a educação e a saúde, e é um parceiro crucial da comunidade internacional, incluindo a UE. Estamos em contato com a agência e esperamos que ela forneça total transparência sobre as alegações e tome medidas imediatas contra o pessoal envolvido", declarou o alto representante de Política Externa da UE, Josep Borrell.

De acordo com ele, a Comissão Europeia avaliará novas medidas e tirará lições dos resultados de uma investigação completa e abrangente. .

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