Uma multidão formou uma fila de mais de dois quilômetros para participar do funeral de Bruna Valeanu, morta durante o ataque do grupo palestino Hamas a uma rave em Israel, no último sábado, 7. A população compareceu após pedido feito pela mãe e pela irmã, únicas familiares da jovem no Oriente Médio.
O funeral foi anunciado pela irmã da vítima, Florica Valeanu, em uma rede social, e aconteceu nesta terça-feira, 10, às 15h30 (horário de Brasília). Eylon Levy, um dos que compareceram ao funeral, compartilhou imagens do momento em seu perfil do X (antigo Twitter). De acordo com ele, é tradição em Israel, quando há poucas pessoas esperadas para um funeral, a população se unir e ir, se forem convocadas a comparecer.
Mais do que emocionante! Quanta solidariedade, quanta gentileza!
10 mil israelenses se voluntariaram para comparecer ao funeral da brasileira Bruna Valeanu, que estava na rave atacada por terroristas do Hamas. pic.twitter.com/CKyJDSFTEq
— Israel no Brasil (@IsraelinBrazil) October 10, 2023
“Os israelenses são incríveis em responder aos chamados para comparecer a funerais. Uma solidariedade social tão forte aqui nas circunstâncias mais sombrias”, escreveu.
Na postagem, o homem conta que precisou deixar o carro em que estava na estrada e seguir andando por causa da quantidade de pessoas.
“As pessoas abandonaram seus carros na rodovia e estão apenas caminhando para o funeral de uma estranha porque querem dar um abraço em sua família. Todos sob ameaça de foguetes [mísseis]. A humanidade pode ser desprezivelmente má, mas também pode ser maravilhosa”, relatou. “Todo o país está aqui”.
Brasileiros mortos em Israel
A morte de Bruna foi confirmada nesta terça-feira pela família e pelo Itamaraty. A jovem, que tinha 24 anos, estava desaparecida após o ataque do grupo Hamas em uma rave em que ela participava.
Natural do Rio de Janeiro, Bruna fez sua última comunicação com a família no sábado, por volta das 9h. Nesse último contato, ela disse que testemunhou tiros e mortes. Na segunda-feira, 9, a irmã dela, Nathalia Valeanu, afirmou que torcia para que a jovem tivesse sido sequestrada e mantida viva.
Além de Bruna, o brasileiro Ranani Glazer, de 23 anos, teve a morte confirmada por parentes na noite da segunda-feira, 9. Ele era natural do Rio Grande do Sul, mas morava em Israel há sete anos e serviu ao Exército israelense.