A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, declarou nesta terça-feira (19) durante uma sessão do G20 sobre desenvolvimento sustentável e transição energética, no Rio de Janeiro, que está pronta para fortalecer o compromisso financeiro em relação ao clima.
A chefe de governo apontou que os objetivos estabelecidos "ainda estão longe" de ser alcançados, mas está convencida de que o G20 "deve e pode desempenhar um papel decisivo".
"Não será possível triplicar as energias renováveis até 2030 nem duplicar a taxa de eficiência energética, se não conseguirmos compartilhar ao máximo as responsabilidades, superando também a agora anacrônica divisão entre nações desenvolvidas e economias emergentes", analisou.
Ainda segundo a premiê, o G7 e o G20, que têm presidências italiana e brasileira, respectivamente, "podem caminhar juntos" para uma transição energética "justa, equitativa e sustentável".
Meloni garantiu o apoio de Roma à força tarefa promovida pelo Brasil, afirmando estar disposta a trabalhar para explorar novas soluções para os atuais problemas relacionados ao clima. A premiê ainda lembrou que as nações mais frágeis e que menos contribuem para a poluição global são as que sofrem o impacto mais negativo.
Em seu discurso, a primeira-ministra defendeu que a Itália vem "fazendo sua parte" no processo de descarbonização com uma visão que "rejeita deliberadamente qualquer abordagem ideológica". Ela também destacou que é preciso achar "um ponto de equilíbrio" entre a necessidade de limitar as emissões de CO2 e a adoção de "medidas radicais que coloquem em risco a sustentabilidade dos sistemas produtivos e sociais".
Por fim, Meloni disse que Roma está "perseguindo com determinação" o caminho para a fusão nuclear, uma tecnologia "potencialmente capaz de transformar a energia de uma arma geopolítica em um recurso amplamente acessível". .