Governo argentino suspende sites e redes sociais de rádio e TV públicas

Em comunicado oficial, gestão afirmou que medida faz parte de um “processo de reorganização” e que é “temporária”

21 mai 2024 - 19h35
(atualizado em 22/5/2024 às 00h43)
Resumo
O governo da Argentina decidiu suspender as contas em redes sociais e sites dos meios de comunicação estatais como parte de um processo de “reorganização”.
Presidente da Argentina Javier Milei
Presidente da Argentina Javier Milei
Foto: Reprodução/Getty Images

O governo da Argentina anunciou nesta terça-feira, 21, que irá suspender as contas em redes sociais e os sites dos meios de comunicação estatais. No comunicado, a gestão afirma que a medida faz parte de um processo de “reorganização” que tem como objetivo “melhorar os conteúdos gerados”. A atitude está sendo vista como “censura” pelo Sindicato de Imprensa de Buenos Aires. 

A suspensão vale para a Televisão Pública, Rádio Nacional, as emissoras do interior do país, canal educacional Encuentro e o infantil Paka Paka, além das rádios FM Clásica, FM Rock e FM Folclórica. O governo destacou ainda que “os critérios de divulgação nas redes sociais serão unificados e a comunicação digital será reiniciada após uma reorganização interna das empresas”. 

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Em comunicado oficial, gestão afirmou que medida faz parte de um “processo de reorganização” e é “temporária”
Foto: Reprodução/ Televisión Pública

De acordo com a mídia argentina, durante esse período, as contas passarão para as mãos da chefe da Gerência de Mídia Digital e Institucional da Radiotelevisión Argentina (RTA), Agustina Zeballos. 

Essa não é a primeira ação vinda do governo Milei contra os meios públicos. Em março, a agência pública de notícias argentina foi fechada, após o presidente Javier Milei informar que seria encerrada por, segundo ele, produzir apenas propaganda ‘kirchnerista’, uma referência à ex-presidente Cristina Kirchner. 

Censura à imprensa

A medida não foi bem vista pelos defensores da imprensa. O Sindicato de Imprensa de Buenos Aires (Sipreba) emitiu uma nota de repúdio em nome dos jornalistas da mídia pública contra o “silenciamento das redes sociais de ambos os meios” e acusou o governo atual de “censura e intimidação, que se soma ao silenciamento da Télam”, em referência à agência estatal

“Os senadores devem defender a mídia pública rejeitando sua privatização e a lei básica”, destacou. 

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Fonte: Redação Terra
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