O governo dos Estados Unidos pode não cumprir um prazo ordenado por tribunal para reunir pais imigrantes a seus filhos que foram separados após cruzarem ilegalmente a fronteira entre México e EUA, segundo documentos judiciais apresentados durante a noite.
O Departamento de Justiça dos EUA pediu para a Corte Distrital em San Diego esclarecer se estaria violando a ordem do tribunal caso famílias fossem reunidas após o prazo devido a atrasos nas confirmações de paternidade.
O governo dos EUA deve atualizar o juiz federal do caso em San Diego sobre o processo de reunificação em uma audiência na noite desta sexta-feira.
Agências do governo estão enviando equipes de campo para raspar com cotonetes as bochechas de crianças e adultos sob custódia do governo e estão usando laboratórios externos para testes de DNA para verificar familiares, de acordo com documentos judiciais do governo.
Se a paternidade não puder ser confirmada, disse o governo, as agências podem não cumprir o prazo estabelecido pelo tribunal para reunir mais de 2 mil crianças com seus pais.
As separações geraram duras críticas e diversos protestos, parte de uma tempestade política sobre a política imigratória de "tolerância zero" do presidente Donald Trump e esforços para impedir entrada ilegal nos EUA.