A diplomacia brasileira decidiu subir o tom com o governo israelense para a saída do grupo de brasileiros que estão presos na Faixa de Gaza. Nesta nova rodada de negociações, os enviados do governo brasileiro levaram um recado a Israel: se algo acontecer com os brasileiros que estão na zona de conflito, as relações diplomáticas se tornarão insustentáveis. As informações são da GloboNews
O grupo, que é composto de 34 pessoas, não tem autorização de Israel para deixar a zona de conflito e cruzar a fronteira de Gaza para o Egito.
O governo brasileiro enfatizou que foi uma das primeiras nações a entregar uma lista dos que estavam em Gaza precisando de repatriação. Além disso, há um avião parado há semanas, no Egito, esperando para resgatar o grupo. A negociação pelo resgate do grupo envolve o chanceler Mauro Vieira e o assessor especial Celso Amorim, além do próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Os enviados também ressaltaram o papel protagonista do Brasil na América do Sul e lembraram que países vizinhos, como o Chile, já determinaram o retorno de embaixadores por discordarem dos desproporcionais ataques israelenses a Gaza.
O conflito entre Israel e o Hamas já dura 31 dias. Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, 10 mil palestinos foram mortos, sendo 4 mil crianças, e mais de 20 mil feridos. Mais de 1,5 milhão de palestinos, que vivem em Gaza, também foram desalojados. Estima-se que 40% das residências de Gaza estejam ao menos parcialmente destruídas.
Do lado israelense, o ataque do Hamas deixou 1,4 mil mortos, pouco mais de 5 mil feridos e ao menos 200 pessoas sequestradas.