Governo iraniano ameaça usar nova arma contra Israel

Presidente do Irã criticou apoio de países ocidentais a Tel Aviv

8 out 2024 - 10h01
(atualizado às 11h34)

O governo do Irã ameaçou nesta terça-feira (8) usar um novo tipo de arma defensiva caso o Exército de Israel resolva atacar seu país, em meio ao aumento da tensão na guerra no Oriente Médio.

    A afirmação foi feita pelo vice-presidente do Parlamento de Teerã, Ali Nikzad, que lembrou que, durante o ataque do Irã a Israel na semana passada, foi lançado um novo tipo de míssil que não havia sido utilizado em operações anteriores contra o Estado judeu.

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    Além disso, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, anunciou que seu país está "pronto para qualquer cenário" e as suas forças armadas "estão totalmente preparadas".

    Segundo ele, a República Islâmica "identificou todos os objetivos necessários" ao mesmo tempo que tenta "parar os conflitos e chegar a um acordo de cessar-fogo aceitável".

    Araghchi declarou ainda que hoje viajará para a Arábia Saudita, e posteriormente para outros países do Oriente Médio, para consultas sobre os últimos desenvolvimentos regionais e para "tentar impedir os crimes do regime sionista no Líbano e em Gaza".

    O chefe da diplomacia iraniana, que visitou recentemente o Líbano e a Síria, destacou também que os países islâmicos estão fazendo esforços conjuntos para enfrentar a atual crise regional.

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    "A política de princípio do Irã é apoiar os movimentos de resistência e vamos manter esta política. Não procuramos um aumento das tensões e, entretanto, não temos medo de qualquer guerra, pois as nossas forças armadas estão prontas para qualquer cenário", acrescentou.

    Por fim, enfatizou que o governo iraniano "não hesitará nem terá pressa em responder os ataques de Israel" e qualquer ofensiva contra a infraestrutura do país por parte do regime receberá retaliação decisiva.

    Por sua vez, o presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, criticou implicitamente o apoio ocidental a Israel, ressaltando que "americanos e europeus apoiam um regime brutal que não observa nenhum quadro humanitário e mata mulheres e crianças, mas entretanto criticam o Irã por ter executado aqueles que cometem assassinatos no país".

    "Estes países falam de direitos humanos, mas porque é que eles, que se declaram defensores dos seres humanos, matam mulheres e crianças inocentes?", questionou. .

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