Israel passa por uma greve geral nesta segunda-feira (2). O movimento, organizado pela Histadrut, principal central sindical, protesta contra o governo de Benjamin Netanyahu e sua forma de negociação pela libertação dos reféns mantidos pelo Hamas desde 7 de outubro.
A gota d'água foi o resgate dos corpos de seis reféns em um túnel da Faixa de Gaza no domingo (1º). A autópsia indica que o grupo foi morto pelo menos um dia antes da chegada das tropas. Em resposta, dezenas de milhares de pessoas protestaram nas ruas.
O exército de Israel identificou os corpos de Carmel Gat, Eden Yerushalmi, Hersh Goldberg-Polin, Alexander Lobanov, Almog Sarusi e Ori Danino. Eles faziam parte das 251 pessoas sequestradas no ataque que deu início ao conflito. Agora, acredita-se que um terço dos 101 reféns tenham morrido.
Greve geral em Israel
Os protestos de domingo foram pacíficos, com multidões marchando pelas ruas com bandeiras de Israel. Já nesta segunda-feira, a greve geral afetou empresas, escolas e meios de transporte. Alguns voos no Aeroporto Ben Gurion foram cancelados, e várias estradas estavam bloqueadas.
Pelo menos 29 pessoas já foram presas, sob a acusação de vandalismo, conduta desordeira e agressão a policiais.
A greve foi convocada pela central sindical Histadrut, e defende que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu precisa fazer mais para garantir a libertação dos reféns restantes e um acordo de cessar-fogo com o Hamas. O governo, por outro lado, disse que está tomando medidas legais para bloquear a paralisação.
Apesar da aderência, a paralisação deve perder força com o passar do dia. Um tribunal de Tel Aviv havia decidido que a greve deveria terminar até 14h30 (8h30 no Brasil), três horas e meia antes do planejado pelo sindicato.
O líder da organização, Arnon Bar-David, respeitou a decisão. "Agradeço a cada um de vocês —vocês provaram que o destino dos reféns não é de direita ou de esquerda, há apenas vida ou morte, e não permitiremos que a vida seja abandonada", afirmou, conforme o jornal Times of Israel.