Guerra Israel-Hamas: começa pausa de 4 dias no conflito

Nos termos do acordo, que foi mediado pelo Catar, 50 reféns israelenses, mulheres e crianças, serão trocados por 150 prisioneiros palestinos.

24 nov 2023 - 05h54
(atualizado às 07h28)
Tanto Hamas quanto Israel ressaltaram que pausa deve ser temporária
Tanto Hamas quanto Israel ressaltaram que pausa deve ser temporária
Foto: Reuters

Uma pausa de quatro dias há muito esperada nos confrontos entre Israel e o Hamas entrou em vigor nesta sexta-feira (24/11), com ambos os lados dizendo que ela será temporária.

Nos termos do acordo, que foi mediado pelo Catar, 13 reféns israelenses, apenas mulheres e crianças, deverão ser libertados mais tarde — esse número deve chegar a 50 ao longo dos quatro dias.

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Por seu lado, Israel se comprometeu a libertar 150 prisioneiros palestinos. Segundo autoridades israelenses, dentre os prisioneiros a serem libertados estão mulheres, crianças e adolescentes palestinos mantidos presos em Israel.

Tiros de armas de baixa calibre e morteiros, bem como um ataque aéreo, foram ouvidos por um repórter da BBC perto de Gaza momentos antes da pausa entrar em vigor, às 7h locais (2h de Brasília).

Caminhões que transportam suprimentos médicos, combustível e alimentos chegaram a Gaza vindos do Egito.

Segundo o governo egípcio, 130 mil litros de diesel serão entregues diariamente.

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Em 7 de outubro, militantes do Hamas fizeram um ataque surpresa a Israel, matando 1.200 pessoas e fazendo 240 reféns.

Israel lançou, em seguida, uma ofensiva militar — incluindo ataques aéreos e operações terrestres — que matou mais de 14 mil pessoas, 40% delas crianças, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas.

Como vai funcionar

Segundo a correspondente da BBC para o Oriente Médio Yolande Knell, os primeiros dos 13 reféns serão entregues ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha por volta das 16h locais (11h do Brasil).

Eles vão cruzar a passagem de Rafah, entre Gaza e o Egito. Ali, vão encontrar as forças de segurança israelenses, terão suas identidades verificadas, serão submetidos a exames médicos iniciais e depois serão levados para Israel de helicóptero.

Uma vez em território israelense, eles serão levados ao hospital para exames médicos adicionais e, em seguida, se reunirão com suas famílias.

Depois disso, serão necessárias algumas horas — conforme os termos do acordo — até que os primeiros prisioneiros palestinianos sejam libertados das prisões israelenses.

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Pelo acordo, assim que os reféns sejam libertados e estejam em poder de Israel, o governo israelense libertará 39 prisioneiros palestinos e então o mesmo processo deverá ser repetido durante os próximos três dias.

Depois disso, existe a possibilidade de uma nova prorrogação da pausa nos combates — desde que o Hamas liberte mais 10 reféns por dia.

No total, 200 caminhões que transportam ajuda, quatro caminhões-tanque de combustível e quatro caminhões que transportam gás de cozinha serão autorizados a entrar em Gaza através da passagem de Rafah, no Egipto, em cada um dos quatro dias.

Poucos momentos antes do início oficial da pausa temporária, os militares israelenses publicaram um vídeo nas redes sociais alertando as pessoas em Gaza que "a guerra ainda não acabou".

"A pausa humanitária é temporária", disse Avichay Adraee, porta-voz das Forças de Defesa de Israel, que falava em árabe, no X (antigo Twitter).

"O norte da Faixa de Gaza é uma zona de guerra perigosa e é proibido deslocar-se para norte. Para sua segurança, permaneça na zona humanitária no sul", diz ele aos moradores de Gaza.

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