Rebeldes do Exército de Libertação Nacional da Colômbia (ELN) sequestraram quatro efetivos das Forças Armadas e dois civis no noroeste do país um dia depois de a guerrilha e o governo concluírem um ciclo de negociação em Cuba sem firmar um cessar-fogo bilateral, informou o Exército nesta sexta-feira.
O governo do presidente Iván Duque, que assumirá na próxima terça-feira, anunciou que endurecerá com o ELN, as dissidências das Farc e os grupos criminosos como parte de sua estratégia para recuperar a segurança e combater o narcotráfico, o que poderia provocar uma intensificação do conflito armado que já deixou mais de 250 mil mortos.
O sequestro das seis pessoas ocorreu na quinta-feira, quando três policiais, um soldado e dois civis se deslocavam em uma lancha por um rio do departamento de selva de Chocó e foram retidos por homens armados que vestiam uniformes camuflados, afirmaram fontes de segurança.
"Com esta ação criminal, o ELN demonstra uma vez mais o desrespeito permanente que comete contra os direitos humanos e as normas que regulam o Direito Internacional Humanitário", disseram em um comunicado o Exército e a Polícia Nacional.
Não foi possível obter nenhum comentário do ELN através das redes sociais que costuma utilizar.
Duque, apoiado pelo ex-presidente Álvaro Uribe, disse durante sua campanha que, para continuar a negociação com o ELN, é necessário que o grupo declare uma trégua unilateral e que se defina uma área específica para concentrar todos seus combatentes com supervisão internacional, exigências que a guerrilha rechaçou em outras ocasiões.