A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou nesta segunda-feira (23) que existe uma esperança de que as futuras vacinas contra o novo coronavírus Sars-CoV-2 consigam acabar com a pandemia de covid-19 que já provocou a morte de quase 1,4 milhão de pessoas em todo o mundo.
"Há agora uma esperança real de que as vacinas, juntamente com outras medidas de saúde já testadas, possam ajudar a acabar com a pandemia de covid-19", afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Gebreyesus, durante coletiva sobre o novo coronavírus. Segundo ele, "a luz no fundo deste túnel longo e escuro está ficando mais forte depois das últimas boas notícias sobre as vacinas".
"Nenhuma vacina na história foi desenvolvida tão rapidamente. A comunidade científica estabeleceu um novo padrão para a criação de vacinas", enfatizou Gebreyesus. Nos últimos dias, pelo menos quatro candidatas a vacinas contra a covid-19 divulgaram resultados relativos à terceira fase de estudos clínicos, demonstrando índices de eficácia dos imunizantes acima de 90%.
As vacinas da Biontech/Pfizer e da Moderna apresentaram taxas de proteção de 95% e 94,5%, respectivamente. Já a russa Sputnik, registrou 92% de eficácia, enquanto que o imunizante desenvolvido pela Universidade de Oxford teve índice de 90%. Hoje, inclusive, a OMS anunciou que pretende "finalizar a avaliação" da vacina britânica no início de 2021.
"Vamos analisar esses dados com muito cuidado, mas saudamos bastante os resultados e esperamos finalizar a avaliação no próximo ano", explicou Mariângela Simão, brasileira e diretora-geral assistente para acesso a medicamentos, vacinas e produtos farmacêuticos da OMS.
Natal - Durante a coletiva, a chefe-técnica da OMS, Maria Van Kerkhove, recomendou que a decisão "mais sensata" no Natal seria não almoçar ou jantar com familiares que não fazem parte de seu convívio para conter a propagação do coronavírus. "A difícil decisão de não nos reunirmos nas férias é a aposta mais segura", afirmou a médica.