Hamas alega que refém israelense foi atingida em bombardeio após anúncio de cessar-fogo

Medida deveria vigorar neste domingo (19) mas primeiro-ministro israelense acusa Hamas de mudar termos do acordo

16 jan 2025 - 15h50
Bombardeios continuam na Faixa de Gaza
Bombardeios continuam na Faixa de Gaza
Foto: Amir Cohen / Reuters

A tensão permanece alta em Gaza após o anúncio do cessar-fogo entre Israel e Hamas. Nesta quinta-feira (16), o Hamas afirmou que uma refém israelense estava em um dos locais atingidos por bombardeios israelenses realizados nas últimas 24 horas. O grupo não divulgou informações sobre o estado de saúde da refém, mas alertou que ataques contínuos poderiam colocar em risco a libertação de outros prisioneiros.

Em comunicado divulgado no Telegram, as Brigadas Ezedin Al Qasam, braço armado do Hamas, declararam: "Nesta fase, qualquer agressão e bombardeio do inimigo pode transformar a libertação de um prisioneiro em uma tragédia".

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Desde o anúncio da trégua, os bombardeios israelenses deixaram pelo menos 70 mortos e mais de 200 feridos, de acordo com a Defesa Civil de Gaza. O Exército de Israel confirmou que realizou ataques nas últimas 24 horas, atingindo aproximadamente 50 alvos considerados "terroristas". Entre os locais bombardeados estavam depósitos de armas, posições de lançamento de foguetes e postos de observação.

Apesar do clima de celebração em Gaza com a perspectiva do cessar-fogo, muitos palestinos pedem a implementação imediata do acordo. 

A guerra, iniciada em outubro de 2023 após um ataque coordenado pelo Hamas contra Israel, resultou em milhares de mortes e deslocamentos. Em meio à devastação, um acordo mediado por Catar, Estados Unidos e Egito prevê a libertação de dezenas de reféns e a retirada gradual das tropas israelenses da Faixa de Gaza. Contudo, tensões permanecem altas, com acusações mútuas de descumprimento dos termos do cessar-fogo.

Israel acusa o Hamas de criar impasses no último momento, enquanto os palestinos relatam contínuos ataques contra alvos civis, como escolas e abrigos. O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, estima que mais de 46.700 palestinos morreram desde o início do conflito.

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Fonte: Redação Terra
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