O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, condenou como "propaganda psicológica cruel" um vídeo divulgado nesta segunda-feira pelo Hamas que mostra três dos reféns capturados pelo movimento islâmico em 7 de outubro.
O vídeo mostra três mulheres -- identificadas por Netanyahu como Yelena Trupanob, Danielle Aloni e Rimon Kirsht -- sentadas lado a lado contra uma parede, com Aloni dirigindo uma mensagem furiosa ao primeiro-ministro.
Acusando Netanyahu de não proteger os cidadãos israelenses durante o ataque mortal do Hamas e de não conseguir levá-los de volta para casa, ela pediu um acordo para garantir a libertação de reféns em troca de prisioneiros palestinos.
Hamas military wing publish a recording from Israeli hostages in Gaza, which they claim is addressed to Netanyahu and the Israeli government. pic.twitter.com/UW8sTHbuj5
— Younis Tirawi | يونس (@ytirawi) October 30, 2023
"Você deveria ter libertado todos nós. Vocês se comprometeram a libertar todos nós. Mas, em vez disso, estamos carregando seu fracasso político, de segurança, militar e diplomático", disse ela.
Em uma declaração, Netanyahu repetiu a promessa de fazer todos os esforços para trazer os reféns de volta para casa.
"Sequestrados pelo Hamas, que está cometendo crimes de guerra, eu os abraço. Nossos corações estão com vocês e com os outros prisioneiros. Estamos fazendo de tudo para trazer para casa todos os prisioneiros e os desaparecidos", disse.
O vídeo curto é a segunda mensagem de reféns divulgada pelo Hamas, depois de um vídeo anterior da franco-israelense Mia Schem, de 21 anos, que foi divulgado em 17 de outubro.
De acordo com as autoridades israelenses, pelo menos 239 reféns, israelenses e estrangeiros, foram levados por homens armados do Hamas durante o ataque a Israel, no qual ao menos 1.400 pessoas foram mortas.
A presença dos reféns em Gaza complicou a operação terrestre no enclave iniciada pelas forças israelenses na semana passada, após uma intensa campanha de ataques aéreos que, segundo as autoridades palestinas, matou mais de 8.000 pessoas.
Até o momento, quatro reféns foram libertados, mas os esforços para garantir outras libertações por meio de canais de apoio coordenados pelo Catar parecem ter sido suspensos após o início da operação terrestre.