O grupo extremista Hamas divulgou um vídeo supostamente mostrando três mulheres mantidas em cativeiro. Durante a gravação de um minuto e 16 segundos, uma das reféns - falando em hebraico - critica o governo israelense por não ter protegido as pessoas durante o ataque do Hamas em 7 de outubro e pede que Israel realize uma "troca de prisioneiros".
Israel afirma que pelo menos 239 pessoas estão mantidas como reféns pelo Hamas, e estima-se que 6.600 palestinos estejam detidos em prisões israelenses, de acordo com a Sociedade de Prisioneiros Palestinos. Antes do conflito, mais de 5 mil estavam encarcerados no Estado judeu. Desde os ataques mais recentes do Hamas, pelo menos mais 1.590 palestinos foram capturados.
Em determinado momento do vídeo, a mulher se dirige diretamente ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, dizendo: "Assumimos a responsabilidade pelo seu fracasso político, militar e de segurança no dia 7 de outubro. Não havia exército, ninguém chegou. Ninguém nos protegeu. Somos cidadãos inocentes que pagam impostos a Israel, estamos em cativeiro e em más condições. Você está nos matando".
Na gravação, não fica claro se o discurso é genuíno ou se a refém foi coagida a falar. Ela continua, indagando: "Você quer nos matar? Não é suficiente que você tenha matado todo mundo? Não é suficiente a quantidade de cidadãos israelenses que foram mortos? Liberte-nos agora. Libertem os seus cidadãos, libertem os seus prisioneiros, libertem todos nós. Deixe-nos voltar para nossas famílias".
אני פונה לילנה טרופנוב, דניאל אלוני ורימון קירשט שנחטפו על ידי החמאס שמבצע פשעי מלחמה:
אני מחבק אתכן. ליבנו אתכן ועם שאר החטופים.
אנו עושים הכל כדי להחזיר את כל החטופים והנעדרים הביתה.
— Benjamin Netanyahu - בנימין נתניהו (@netanyahu) October 30, 2023
Em resposta ao vídeo, o gabinete do primeiro-ministro publicou uma declaração. "Esta é uma propaganda psicológica cruel do Hamas-ISIS (Estado Islâmico). Estamos acolhendo as famílias. Faremos tudo para devolver todas as pessoas sequestradas e desaparecidas para suas casas", afirmaram.
Netanyahu utilizou sua conta na rede social X (antigo Twitter) para informar que as mulheres que aparecem no vídeo foram identificadas como Elena Trupanov, Daniel Aloni e Ramon Kirsht. "Eu acolho vocês. Nossos corações estão com vocês e com os outros reféns", escreveu.