O Hamas concordou, nesta segunda-feira, 6, com uma proposta de cessar-fogo no conflito contra Isreal em Gaza. O acordo, discutido desde a última semana, foi mediado por representantes de Egito e Catar, segundo a agência Reuters. Israel não se manifestou oficialmente, mas um oficial, ouvido sob anonimato, afirmou que a proposta foi 'suavizada' e é uma 'armação' para que parecesse que o país nega uma possível trégua.
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Mais cedo nesta segunda-feira, o chefe do grupo extremista palestino Ismail Haniyeh informou, em uma breve declaração, que concordou com a proposta de cessar-fogo, sem dar mais detalhes sobre o acordo. O comunicado foi celebrado pela população palestina.
O aceite aconteceu pouco depois de militares israelenses ordernarem a evacuação de partes de Rafah. A cidade, localizada ao sul da Faixa de Gaza, recebeu mais de 1,5 milhão de refugiados, deslocados pela ofensiva de Israel.
Uma fonte afirma que o acordo em questão é uma versão 'suavizada' da proposta egípcia, com conclusões 'aquém das esperadas' das quais Israel poderia aceitar. "Parece ser uma farsa para que pareça que Israel esteja recusando um acordo", afirmou o oficial, próximo do governo israelense, que não se posicionou oficialmente.
Cessar-fogo em Gaza
A trégua, se entrar em vigor, será a primeira desde a pausa de uma semana nos conflitos em novembro de 2023. A tentativa de cessar-fogo sucede meses de propostas frustradas de acordos para a libertação de reféns e envio de ajuda humanitária à região de Gaza.
No entanto, após Israel ordenar, nesta segunda-feira, a evacuação em parte de Rafah, no extremo-sul de Gaza, autoridades temeram que o possível acordo pudesse ser prejudicado.
A cidade tem sido o último refúgio para metade dos mais de 2,3 milhões de habitantes da Faixa de Gaza após o início dos conflitos entre Israel e Hamas, em 7 de outubro de 2023.