Hamas liberta primeiras 3 reféns israelenses

Romi Gonen, Emily Damari e Doron Steinbrecher voltaram a Israel

19 jan 2025 - 12h55
(atualizado às 13h41)

Terminou a agonia de Romi Gonen, 24 anos, Emily Damari, 28, e Doron Steinbrecher, 31: após mais de 15 meses de cativeiro, as três civis israelenses foram libertadas neste domingo (19), no âmbito do acordo entre Israel e Hamas para um cessar-fogo inicial de 42 dias na Faixa de Gaza.

    As mulheres foram entregues pelo grupo fundamentalista islâmico a operadores da Cruz Vermelha, que as levaram para as Forças de Defesa Israelenses (IDF) no Corredor Netzarim, faixa que corta o centro do enclave palestino entre a fronteira com Israel e o Mar Mediterrâneo.

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    "O governo de Israel acolhe com afeto as três mulheres libertadas. As famílias delas foram informadas pelas autoridades competentes que elas foram liberadas e voltaram para nossas forças", disse o gabinete do premiê Benjamin Netanyahu. "O governo está empenhado a resgatar todos os reféns e desaparecidos", salientou.

    Steinbrecher e Damari, que também tem cidadania britânica, haviam sido raptadas em um kibutz de Kfar Aza nos atentados de 7 de outubro de 2023, enquanto Gonen estava no Festival Supernova, um dos principais alvos dos ataques do Hamas. Segundo informações da imprensa local, todas apresentam bom estado de saúde.

    Steinbrecher é veterinária e estava em seu apartamento no momento dos atentados. Na época ela chegou a enviar uma mensagem de voz para familiares: "Eles chegaram e me pegaram". Damari, capturada no mesmo kibutz, foi baleada na mão e vendada pelos terroristas, que a levaram para Gaza no próprio carro dela.

    Gonen, por sua vez, estava em um veículo com os amigos no Festival Supernova e chegou a ligar para a mãe enquanto tentava fugir do Hamas. "Eles dispararam em mim, estou sangrando", disse a jovem na ligação. Em troca das três reféns, Israel vai libertar 90 prisioneiros palestinos de suas cadeias, incluindo 69 mulheres e 21 menores de idade, segundo a emissora árabe Al Jazeera. Desse total, 76 eram provenientes da Cisjordânia ocupada, e 14, de Jerusalém Oriental.

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    Uma das prováveis libertadas é Khalida Jarrar, parlamentar integrante da Frente Popular pela Libertação da Palestina, grupo tido como "terrorista" pelo governo israelense, pelos EUA e pela União Europeia. Jarrar foi presa na Cisjordânia em dezembro de 2023 e desde então é mantida na cadeia sem acusações formais contra ela.

    Das 251 pessoas sequestradas pelo Hamas em 7 de outubro de 2023, 91 seguem com paradeiro desconhecido, e o Exército de Israel acredita que 34 já tenham morrido no cativeiro. .

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