Homens armados encapuzados invadiram os estúdios do canal de TV estatal TC Televisión, na cidade de Guayaquil, Equador, fazendo funcionários reféns. O presidente do Equador decretou um estado de emergência com toque de recolher, de acordo com o qual as Forças Armadas apoiarão que a polícia em suas ações.
Um grupo de homens armados e com os rostos encapuzados invadiram os estúdios do canal de TV estatal TC Televisión, da cidade de Guayaquil, no Equador, nesta terça-feira, 9. A ação foi transmitida ao vivo pela emissora. As imagens mostram que funcionários foram feitos reféns.
De acordo com o jornal El Universo, os criminosos afirmaram ter bombas. Em seguida, sons semelhantes aos de disparos foram ouvidos. A Polícia Nacional do Equador informou que está se dirigindo ao local e agentes de polícia já entraram no prédio.
Ainda segundo o jornal, um explosivo foi colocado na recepção do canal e há suspeita que mais de 10 criminosos entraram na emissora e foram ao estúdio do programa El Noticiero, que estava sendo transmitido ao vivo.
Onda de violência
O presidente do Equador, Daniel Noboa, decretou na segunda-feira, 8, estado de emergência de 60 dias no país, incluindo toque de recolher e presença militar nas ruas e nas prisões, em meio a uma nova crise no sistema penitenciário. A medida é uma reação a incidentes em seis prisões do país, incluindo a retenção de agentes penitenciários por detentos, relatados nesta segunda-feira pela agência do sistema penitenciário SNAI.
As ações dos presos ocorrem um dia depois que José Adolfo Macías, conhecido como "Fito", um dos presos mais perigosos do país e líder do grupo criminoso Los Choneros, desapareceu da prisão onde estava cumprindo sentença de 34 anos.
"Acabo de assinar um decreto de estado de emergência para que as Forças Armadas tenham todo o respaldo político e legal em suas ações", disse Noboa em uma mensagem publicada em suas redes sociais. "Acabou o tempo em que os condenados por tráfico de drogas, assassinatos por encomenda e crime organizado ditavam ao governo de ocasião o que fazer. Não vamos negociar com terroristas."
A medida permite que os militares apoiem o trabalho de segurança interna da polícia, tanto nas prisões quanto nas ruas. Ela também estabelece um toque de recolher das 23h às 5h e outras restrições.