Hospitais de Portugal veem pressão de "guerra" em meio à disparada da Covid-19

22 jan 2021 - 13h25

Portugal está ficando sem leitos hospitalares nas redes pública e particular, disse o chefe da associação de hospitais particulares do país, e o número diário de mortes de Covid-19 atingiu uma alta recorde nesta sexta-feira pelo quinto dia consecutivo.

Ambulância com paciente com Covid-19 do lado de fora do hospital Santa Maria, em Lisboa
18/01/2021
REUTERS/Pedro Nunes
Ambulância com paciente com Covid-19 do lado de fora do hospital Santa Maria, em Lisboa 18/01/2021 REUTERS/Pedro Nunes
Foto: Reuters

O país de 10 milhões de habitantes, que se saiu melhor do que outros na primeira onda da pandemia, agora tem a média recorrente de casos novos de sete dias mais alta do mundo.

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"Estamos vivenciando uma situação típica de uma guerra. Não temos leitos suficientes --no serviço nacional de saúde, nas redes pública e particular-- para lidar com uma progressão pandêmica de 13 mil a 14 mil casos novos por dia", disse o doutor Oscar Gaspar.

Também nesta sexta-feira, as escolas foram fechadas pela primeira vez desde março, e os casos crescentes de coronavírus obrigaram o governo a intensificar sua reação à pandemia.

Portugal está em lockdown desde 15 de janeiro, e por isso os negócios não-essenciais estão fechados e a maioria das pessoas está confinada em casa.

"Há mais medo agora do que antes... muito mais", disse Maria Madalena, aposentada de 78 anos e uma das poucas pessoas nas ruas de Lisboa nesta sexta-feira.

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Os hospitais particulares só ofereceram mil leitos --cerca de 10% de sua capacidade-- a pacientes do serviço nacional de saúde com ou sem Covid desde que o governo pediu ajuda em novembro. Os outros leitos estão quase repletos de pacientes particulares, disse Gaspar, criticando o governo por pedir socorro tarde demais.

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