Hospitalizações do coronavírus caem no Estado de Nova York pela primeira vez

14 abr 2020 - 16h00

O número total de pessoas hospitalizadas em Nova York caiu pela primeira vez desde o início do surto de coronavírus, um sinal adicional de que o Estado no epicentro da epidemia pode estar no auge da crise, disse o governador Andrew Cuomo nesta terça-feira.

Ambulância chega na área de emergência de centro médico no Brooklyn, em Nova York
13/04/2020 REUTERS/Andrew Kelly
Ambulância chega na área de emergência de centro médico no Brooklyn, em Nova York 13/04/2020 REUTERS/Andrew Kelly
Foto: Reuters

Ele disse durante um briefing diário que o presidente norte-americano, Donald Trump, foi impreciso ao afirmar que tem autoridade total para decidir quando os Estados reabrirão escolas e negócios, mas acrescentou que não quer nem tem tempo de brigar com Trump.

Publicidade

Cuomo disse que um total de 18.697 pessoas estão hospitalizadas em Nova York, menos do que as 18.825 do dia anterior e o primeiro recuo desde que a crise começou. Os pacientes internados com o Covid-19, a doença respiratória causada pelo vírus, diminuíram em mais de 300 no dia anterior.

"Achamos que estamos no auge da estabilização", disse Cuomo, mas alertando que o declínio, embora parte de uma tendência de achatamento vista ao longo da última semana, aproximadamente, é estatisticamente insignificante e desaconselhou que as ordens de confinamento domiciliar sejam afrouxadas muito rapidamente.

"Poderíamos perder todo o progresso que fizemos em uma semana."

Cuomo disse que mais 778 nova-iorquinos morreram na segunda-feira, mais do que os 671 do dia anterior, que marcou a menor contagem diária de mortes desde 5 de abril. Um total de 10.834 moradores de Nova York morreram devido ao Covid-19, quase metade do total do país.

Publicidade

Também na segunda-feira, o governador disse estar em contato com os Estados vizinhos de Connecticut, Delaware, Massachusetts, Nova Jersey, Pensilvânia e Rhode Island para criar estratégias para amenizar as ordens de confinamento domiciliar, uma ação que pareceu aborrecer Trump.

Em um briefing realizado na segunda-feira, Trump disse ter autoridade total para decidir quando escolas e negócios reabrirão, uma declaração contestada de imediato por vários governadores por confrontar a Constituição.

"O presidente está claramente comprando uma briga nesta questão", disse Cuomo, que foi à televisão diversas vezes desde os comentários de Trump para refutá-los. "O presidente não terá uma briga comigo. Não me envolverei nisso."

Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
Fique por dentro das principais notícias
Ativar notificações