O ex-policial da cidade norte-americana de Mineápolis acusado de matar no dia 25 de maio e três outros ex-integrantes da corporação indiciados no caso devem comparecer a um tribunal nesta segunda-feira (29).
Derek Chauvin, de 44 anos, foi preso em 29 de maio, quatro dias depois de se ajoelhar sobre o pescoço de Floyd durante quase nove minutos e causar sua morte. Ele é acusado de homicídio doloso. Três outros ex-policiais de Mineápolis -- J. Alexander Kueng, Tou Thao e Thomas Lane -- foram acusados de cumplicidade no caso. Nenhum deles se pronunciou quanto à sua culpabilidade.
A fiança de Chauvin foi estabelecida em 1,25 milhão de dólares ou 1 milhão sob certas condições, e a fiança dos outros três agentes em 1 milhão de dólares cada ou 750 mil dólares sob certas condições.
Chauvin e Thao, de 34 anos, continuam sob custódia, e Kueng, de 26 anos, e Lane, de 37, foram soltos sob liberdade condicional, de acordo com registros prisionais.
Os procedimentos legais desta segunda-feira em Mineápolis não serão transmitidos, como um juiz decidiu na sexta-feira. Chauvin participará da audiência por videoconferência, e os outros três acusados em pessoa, segundo o site da corte.
A morte de Floyd, de 46 anos, desencadeou protestos de âmbito nacional exigindo justiça racial e reformas das polícias.
No início deste mês, o Conselho Municipal de Mineápolis aprovou por unanimidade uma resolução para criar um sistema de segurança pública liderado pela comunidade para substituir o departamento de polícia.
A medida veio dias depois de uma maioria do conselho à prova de veto dissolver o departamento de polícia na esteira da morte de Floyd.
A decisão de "desfinanciar a polícia", como alguns ativistas a batizaram, antecede os protestos atuais, mas obteve mais apoio após uma série de mortes recentes de afro-norte-americanos nas mãos de policiais brancos que foram flagradas em vídeo.
Em Atlanta, um ex-policial branco está som custódia desde que foi acusado de assassinato por matar Rayshard Brooks, um negro, a tiros.
Um dos três agentes envolvidos na morte de Breonna Taylor, ume negra que perdeu a vida durante uma saraivada de tiros ocorrida quando investigadores da unidade de narcóticos invadiu sua casa em Louisville, no Kentucky, três meses atrás foi demitido pelo departamento de polícia na semana passada.